Deputada diz que foi levada "contra a vontade" pelas forças de Israel após interceptação de flotilha
Missão humanitária contava com 47 barcos e cerca de 500 pessoas, entre elas, a parlamentar brasileira
A deputada Luizianne Lins (PT-CE) disse ter sido levada "contra a vontade" depois que as forças israelenses interceptaram embarcações da chamada Flotilha Global Sumud, que levava ajuda em direção à Faixa de Gaza.
A petista estava no barco Grande Blu, no qual embarcou em 31 de agosto para uma missão humanitária.
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"Meu nome é Luizianne Lins, eu venho do Brasil. Se você está assistindo a esse vídeo, é porque eu fui sequestrada pelas forças de ocupação israelense e levada contra a minha vontade. Peço ao governo para acabar com qualquer relação econômica com Israel e me levar para casa. Pare o genocídio em casa", disse Luizianne, em vídeo publicado nas redes sociais.
Imagens publicadas pela Global Sumud Flotilla no Instagram mostram o momento em que a Marinha israelense interceptou o Grande Blu. O nome da parlamentar consta da lista de passageiros na embarcação, divulgada na mesma postagem.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores informou que acompanha “com preocupação” a interceptação da flotilha e deplorou a ação militar de Israel, que, segundo o Itamaraty, “viola direitos e põe em risco a integridade física de manifestantes em ação pacífica”.
O governo brasileiro destacou ainda que a segurança dos detidos passa a ser de responsabilidade do Estado israelense e reiterou o apelo pelo levantamento imediato das restrições à entrada de ajuda humanitária em Gaza.

