Direita protesta contra Lula com Pixulekos e cartaz em inglês
Em São Paulo, cerca de 200 manifestantes inflaram o boneco Pixuleko ao som do Hino Nacional
Protestos contra o ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva (PT) nesta quarta-feira (24) tiveram Pixulekos, cartazes em inglês e críticas ao petista. Em São Paulo, cerca de 200 manifestantes inflaram o boneco Pixuleko ao som do Hino Nacional para pedir a prisão de Lula, cuja condenação foi confirmada em segunda instância.
No ato, realizado na avenida Paulista, representantes dos movimentos MBL, Revoltados Online, #Nas Ruas e São Paulo Conservador discursaram em carros de som clamando por "justiça", "Lula na cadeia" e "Bolsonaro 2018". Carla Zambelli, do movimento #Nas Ruas, subiu em um dos carros de som em frente ao Masp e alertou os manifestantes sobre uma "possível fuga de Lula para a Etiópia", se condenado.
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"Recebemos a informação de que dois ou três assessores pessoais dele foram enviados à Etiópia, que é um país que não tem acordo de extradição com o Brasil. Então, há essa especulação de que ele fuja para a Etiópia, não teria por que mandar os assessores sozinhos. São os assessores que viajam com ele", disse Zambelli à reportagem.
"Nós vamos atrás dele na Etiópia, onde estiver", disse ela mais cedo no carro de som, arrancando aplausos e gritos de "lu-la-na-cadeia". Presente à manifestação, o casal Ricardo Siqueira e Ana Bolsonaro não quis informar se há parentesco com o pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro, mas não negou ser da família.
Ainda antes do final do julgamento, ele se disseram "confiantes". "Lula vai ser condenado por três a zero e com aumento de pena, tenho certeza absoluta", apostou Ricardo. Ana finaliza celebrando o sobrenome: "E Bolsonaro 2018, com certeza!"
Em Porto Alegre, onde ocorreu o julgamento, apenas vendedores ambulantes de bandeiras do Brasil, camisas verdes e amarelada e Pixulekos, além de um grupo de defensores da intervenção militar, reuniram-se no parque Moinhos de Vento, reduto antilulista. Entre apoiadores do militares, até uma frase em inglês foi colocada para alertar contra o que chamam de "governo comunista", destacando que 93% da população brasileira temeria o comunismo.