Doria enxerga uso eleitoral em crise das polícias
Para governador, há controle do comando sobre todo sistema policial no Estado
O governador João Doria (PSDB-SP) diz que a crise das polícias não chegou a São Paulo. Segundo ele, a situação permanece calma no estado e há controle do comando "sobre todo o sistema policial".
Doria afirma que apenas "uns poucos" em São Paulo "tentam usar a segurança pública como tribuna eleitoral, partidária e ideológica", sem sucesso.
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A maior oposição ao governo na área é a do senador Major Olímpio (PSL-SP), que se elegeu em 2018 com apoio do presidente Jair Bolsonaro. Ele faz parte da bancada da bala.
"A tropa paulista em si é muito consciente e preparada. E, acima de tudo, bem comandada. Está tudo sob controle", afirma ele.
Em outubro, o governo do estado anunciou um aumento salarial de 5% para as forças de segurança. A proposta ficou aquém das expectativas dos policiais. Na campanha eleitoral de 2018, Doria prometeu que, se eleito, daria aumentos que fariam com que os vencimentos dos policiais fossem os melhores do país.
Pelo menos 12 estados brasileiros sofrem pressão de movimentos das polícias militares por aumento salarial. A situação é especialmente tensa em estados como a Paraíba e o Ceará -onde a escalada da violência levou o governo federal a enviar tropas da Força Nacional ao estado.
Na quarta (19), o senador licenciado Cid Gomes (PDT-CE) levou tiros no peito ao avançar contra PMs amotinados em um quartel.