Eleitor cadeirante tem dificuldade de votar por conta de portão fechado
Havia uma bicicleta acorrentada à entrada de deficientes da escola, em Olinda
Uma denúncia de desrespeito contra um cadeirante que seguia para votar em um colégio do município de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), foi registrada no fim da manhã deste domingo (2).
Segundo o advogado Vitor Monteiro Maranhão, 24 anos, que enviou a denúncia pelo WhatsApp da Folha (98187-9290), um paraplégico passou mais de 15 minutos esperando para entrar no Colégio Imaculado Coração de Maria, em Bairro Novo, porque o portão de acesso a deficientes estava fechado com cadeado.
Vitor conta que, além de estar trancando, o equipamento também serviu para que um ciclista amarrasse sua bicicleta, o que bloqueou ainda mais o acesso. "Cheguei para votar com a minha família e me deparei com o cadeirante desesperado porque não conseguia ter acesso ao local de votação. Estava sob o sol forte, além disso, doente. Procurei um funcionário do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e o porteiro do colégio. Ele passou mais de 15 minutos aguardando. Um absurdo", contou o advogado.
Ainda segundo ele, eleitores e candidatos a vereador do município que estavam no local se reuniram para aparar o cadeirante e registraram em vídeo a confusão. "Os funcionários do colégio não conseguiam identificar o ciclista, com isso, não tinha como abrir o portão. Isso se passou um bom tempo Depois de protestarmos, só foi possível ele (cadeirante) entrar depois que um rapaz suspendeu a bike e forçar a abertura do portão", comentou Vitor.
Uma hora antes da confusão, a candidata a prefeita de Olinda, Teresa Leitão (PT), votou no mesmo local.