Elias vê reconciliação como improvável
Elias defende que temas de tal importância só podem ser deliberados com o conjunto do partido
Na contagem regressiva para encerrar seu segundo mandato à frente da Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes se prepara para assumir, em abril de 2017, o comando do PSDB no Estado. Quando seu partido e o DEM foram convidados a deixar o Governo Paulo Câmara, uma vez que ambos lançaram candidaturas à Prefeitura do Recife, ele não se furtou a assumir posição crítica em relação ao gestor socialista. Na época, em entrevista a esta colunista, registrou que o chefe do executivo estadual estava demolindo pontes e construindo muros. Sua visão não mudou, ainda que, após isso, tenha lançado um candidato do PSB a sua sucessão. Carrega, hoje, entendimento alinhado ao do ministro das Cidades, Bruno Araújo, que, à coluna, ontem, descartara a chance de recomposição com a gestão estadual. A “demissão” dos tucanos foi um fator que “dificultou” a relação, na avaliação de Elias. “O que Bruno diz, hoje, precisa ser ouvido. Ele é a pessoa com mais representatividade no partido”, grifa. E realça: “Com Bruno ministro e com a vitória de Raquel Lyra em Caruaru, o partido ganha estatura em Pernambuco e exige novas interlocuções. Além dos companheiros que já estão no partido, estes atores são importantes”, acrescenta. E reforça: “Esse negócio (decisão de convidar PSDB a deixar governo) complicou. Se isso vier a ser reaberto, se alguma coisa for formalizada, teria que ter unidade para isso. Teria que ser a visão do conjunto. Hoje, a situação é desfavorável”.