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Justiça

Em CPI, Lewandowski diz que presidentes de partidos precisam fazer 'triagem' para barrar candidatura

Ministro da Justiça participou de audiência no Senado que discute ações para conter as facções criminosas

 O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta terça-feira que fez um apelo aos presidentes de partidos para que façam uma “triagem” e barrem a candidaturas de pessoas ligadas ao crime organizado. A declaração ocorreu em sessão da CPI do Crime Organizado.

— Já fiz um apelo aos presidentes dos partidos. Só uma atitude repressiva não é suficiente, os presidente de partidos políticos têm a obrigação de fazer a triagem — disse Lewandowski.

Segundo o ministro, a expansão das facções hoje é um “fenômeno novo e global” que exige uma “visão estrutural”.

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— O crime hoje está migrando da legalidade para a ilegalidade, ele está se infiltrando no setor de combustíveis, da coleta de lixo, da construção civil, de streaming. É um crime que hoje está infiltrado até no setor político. Nas últimas eleições, juntamente com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), nós fizemos um esforço para evitar e impedir que o crime se infiltrasse nas eleições municipais — afirmou o ministro.

A audiência é considerada central para o plano de trabalho do colegiado, que busca mapear falhas estruturais no enfrentamento às facções. A oitiva ocorre uma semana após o promotor Lincoln Gakiya, referência no combate ao PCC, detalhar aos senadores como grupos criminosos aproveitaram brechas regulatórias para criar fintechs e operar em uma “zona cinzenta” do sistema financeiro, sem fiscalização do Banco Central e sem comunicação ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

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