'Em vez de Mandetta, Bolsonaro devia usar caneta para Weintraub'
Deputado alerta para incertezas em torno do Fundeb
Vice-presidente da Comissão Especial do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), o deputado federal Danilo Cabral alerta que esse é o principal desafio da Educação no País hoje. E chama a atenção para a situação de incerteza que passou a rondar a PEC 15/2015, conhecida como PEC do Fundeb.
O texto prevê que o fundo, cuja validade só vai até esse ano, se torne permanente e determina ainda que participação da União no financiamento saia de 10% para 15% em 2021, devendo a chegar a 20% num horizonte final, mediante um acréscimo de 1% a cada ano. Atualmente, estados e municípios bancam 90%, enquanto o complemento da União é de 10%. Havia acordo para votação da referida PEC nesse formato, mas um adiamento acabou prevalecendo. Danilo alerta para sinalização recente do ministro da Economia, Paulo Guedes, no sentido de apenas renovar o fundo sem entrar mais no mérito da ampliação da participação da União. "No meio de tudo isso, o ministro da Educação, no lugar de estar fazendo da defesa da ampliação do investimento em Educação, está brigando com a China", critica Danilo, referindo-se a Abraham Weintraub e às insinuações dele contra a China, que reagiu. Danilo acrescenta: "Weintraub não faz o dever de casa na Educação e ainda atrapalha a Saúde e a Economia".
O socialista cita o caso do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e, usando expressão adotada pelo próprio presidente Jair Bolsonaro sugere: "Em vez de falar em demitir Mandetta, que trabalha por soluções, Bolsonaro deveria usar caneta para Weintraub". O Fundeb financia 40 milhões de jovens na Educação Básica e nos ensinos fundamental e médio e é responsável por 63% de todos os recursos investidos na Educação Básica.
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