Fazendas, jatinho e gado: viúva, ex-mulher e filhos de Picciani travam guerra por espólio
Herdeiros do ex-deputado estadual no Rio, morto em 2021, disputam patrimônio estimado em meio bilhão de reais
Os herdeiros de Jorge Picciani, morto em 2021, travam uma batalha judicial pelo patrimônio deixado pelo ex-deputado estadual no Rio Janeiro, estimado em meio bilhão de reais. A ação corre em segredo de Justiça na 1ª Vara de Família do Rio de Janeiro e trata da disputa por bens como fazendas, gado, imóveis e um jatinho.
O objeto do processo judicial é a Agrobilara, holding com sede na cidade de Uberada, no Triângulo Mineiro. A empresa tem registrada em seu nome seis fazendas - em Mato Grosso, Minas Gerais e Rio de Janeiro - usadas para criação de gado nelore e 23 imóveis, entre eles uma cobertura em Ipanema e um terreno de 1,6 mil metros quadrados em um condomínio na Barra da Tijuca. As informações são da revista Veja.
A Agrobilara também tem um jatinho para oito passageiros, cinco picapes, três caminhões, três tratores. A holding ainda controla uma mineradora, a Coromandel, com capital social de R$ 27 milhões.
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Partilha de bens
Uma década antes de morrer, Picciani repartiu a Agrobilara. O ex-deputado, seus três filhos do primeiro casamento e sua ex-mulher ficaram, cada um, com 20% da empresa. O ex-parlamentar, no entanto, casou-se novamente e teve mais um filho.
Hortência da Silva Oliveira, 35 anos, foi casa com Picciani por sete anos e teve um filho com o ex-deputado. O menino hoje tem 6 anos. Na ação, a viúva alega que o garoto também tem direito ao patrimônio da Agrobilara, que fora repartido antes de ele ter nascido.
"A divisão das cotas resultou, na prática, em uma antecipação da herança que jamais foi revista depois do nascimento do novo herdeiro", afirmou o advogado de Hortência, Davi Salles, à Veja. "Meu marido trabalhou quarenta anos para ter algo que meu filho está sendo impedido de desfrutar", acrescentou a viúva.
Hortência alega que os três filhos de Picciani do primeiro casamento - Rafael, Leonardo e Felipe - querem que ela receba "uma espécie de esmola". No processo, os três sustentam que a madrasta apresenta uma versão que é "um absoluto equívoco de compreensão quanto ao Direito Sucessório e Societário, que tangencia a má-fé".
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