Feriadão de 10 dias do STF tem Barroso de plantão e servidores com hora extra
No dia 22, a primeira turma do STF decidirá se tornará réus denunciados pela PGR no chamado "núcleo 2" da trama golpista
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) terão dez dias de folga após decidirem emendar a Páscoa com o feriado de Tiradentes e um dia de recesso do judiciário. Desde a tarde da última sexta-feira, 11, os magistrados interromperam seus compromissos e só os retomarão na terça-feira da semana que vem, 22, quando começarão a julgar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o núcleo 2 do inquérito do golpe.
Procurada, a Corte afirmou que "os ministros seguem proferindo decisões nos processos do seu acervo e votos no Plenário Virtual Apenas não haverá sessões de julgamento na quarta e na quinta "
Apesar da ausência dos ministros, alguns de seus servidores vão bater ponto normalmente entre uma festividade e outra. "Os funcionários de setores técnicos que precisarem trabalhar nesse período, para emissão de ofícios e comunicações, por exemplo, recebem hora extra", informou o tribunal por meio de sua assessoria.
Leia também
• Gilmar Mendes, do STF, suspende todos processos que discutem validade de 'pejotização'
• Em Boston, Temer elogia Hugo Motta e parabeniza STF por 'manter íntegra a democracia brasileira'
• Moro reage a Gilmar e diz que decano do STF tem de explicar relações com CBF
O gabinete do presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, ficará de plantão para atender a pedidos urgentes.
O longo período de descanso, equivalente a um terço das férias anuais a que trabalhadores celetistas têm direito, se deve à junção do último fim de semana com o feriado desta quarta-feira, 16, que existe apenas no Poder Judiciário. E também ao tradicional feriado da Páscoa, nos dias 17 e 18. Na segunda-feira, é Dia de Tiradentes.
Assim, os magistrados acumularão dez dias de folga antes de retomarem o julgamento relacionado à tentativa de golpe de Estado do 8 de janeiro.
No dia 22, a primeira turma do STF decidirá se tornará réus denunciados pela PGR no chamado "núcleo 2" da trama golpista. O grupo inclui o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência; Filipe Martins, ex-assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais; Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF); o coronel Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro; Marília Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça; e Fernando de Souza Oliveira, delegado da Polícia Federal (PF) e ex-secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.