Geraldo Julio dispara contra a PEC 241
Outra reivindicação foi a liberação de recursos para a construção do Ramal do Agreste e a Adutora do Agreste
Mas enquanto Paulo Câmara tentava estreitar o diálogo administrativo, o prefeito do Recife e candidato à reeleição, Geraldo Julio (PSB), partiu para o ataque contra a aprovação da proposta de congelamento de gastos. Segundo ele, a matéria pressionará os gestores municipais a reduzir serviços e trará prejuízos à Saúde e Educação Pública.
“A gente discorda da PEC como ela está. Uma PEC que está trazendo prejuízo para a Saúde, prejuízo para a Educação, prejuízo para populações mais pobres do País. Não dá para fazer um ajuste fiscal penalizando só a população que precisa do serviço público. A PEC arrocha isso, mas não arrocha os encargos financeiros. Isso não está correto”, bateu, em entrevista à Rádio Jornal, ontem. O PSB defendeu a aprovação de emendas na PEC que protegiam as áreas de Saúde e Educação, mas a demanda não foi atendida e a matéria foi aprovada sem as sugestões.
Portas abertas
Apesar da ofensiva do PSB contra a iniciativa, Paulo Câmara encontrou as portas abertas em Brasília, mesmo voltando, mais uma vez, para o Estado com somente promessas na bagagem. A avaliação é que o encontro serviu para estreitar os laços administrativos e dar encaminhamento para projetos estratégicos para o Estado. Ao lado do vice-governador Raul Henry (PMDB), que ele entregou uma carta com os pleitos do Governo do Estado como a inclusão do Aeroporto dos Guararapes, da BR-232 e do Arco Metropolitano no pacote de concessões federais, além da devolução da autonomia do Porto de Suape, a duplicação da BR-423, no trecho entre São Caetano e Garanhuns, a retomada das obras da Ferrovia Transnordestina e a conclusão da Refinaria Abreu e Lima.
Outra reivindicação foi a liberação de recursos para a construção do Ramal do Agreste e a Adutora do Agreste. “O presidente se colocou à disposição para aprofundar as questões não apenas de Pernambuco, mas do Nordeste. O presidente, inclusive, tomou a iniciativa de fazer encaminhamentos junto aos ministros”, avaliou Câmara.