Qui, 06 de Novembro

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Governo

Gleisi diz que governo é "terminantemente contra" unir projeto sobre facção com texto da oposição

Ministra argumenta que proposta do Planalto é rigorosa com organizações criminosas

Gleisi ainda argumentou que o projeto do governo é bem rigoroso com as facções.Gleisi ainda argumentou que o projeto do governo é bem rigoroso com as facções. - Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta quarta-feira que o governo é “terminantemente contra” o pedido da oposição para que o projeto de lei antiterrorismo, demanda do bolsonarismo e que equipara facções a grupos terroristas, tramite de forma conjunta ao projeto antifacção de autoria do governo.

— O governo é terminantemente contra, nós somos contra esse projeto que equipara as facções criminosas ao terrorismo. Terrorismo tem objetivo político e ideológico, e o terrorismo, pela legislação internacional, dá guarida para que outros países possam fazer intervenção no nosso país — disse a ministra.

Gleisi ainda argumentou que o projeto do governo é bem rigoroso com as facções.

— Nós não concordamos com isso, nós já temos uma legislação sobre facções criminosas, mandamos agora um projeto de lei que traz bastante rigor para o combate às facções e temos lá a PEC da Segurança que está dormitando há seis meses quase, e que a Câmara não deu encaminhamento.

Está na comissão especial, e eu espero que o relator realmente apure seu relatório para que a gente aprove o mais rápido possível.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ainda vai decidir se atende ao pedido da oposição para unir os projetos.

O pedido de apensamento foi feito pelo deputado Danilo Forte (União-CE), autor do projeto antiterrorismo. A base do governo é contra e tenta fazer com que a Câmara não vote o PL de Forte.

Durante a tarde e a noite de segunda-feira, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), ligou para parlamentares com o objetivo de persuadi-los a barrar a sessão da da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que analisaria a proposta da oposição. A sessão não aconteceu até agora.

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