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Política

Governo do Estado e Prefeitura do Recife devem ter mudanças juntos

Expectativa é que as alterações nas equipes estruturem o projeto do PSB para 2018

Rudá Ricci é cientista políticoRudá Ricci é cientista político - Foto: Divulgação

 

O governador Paulo Câmara viajou de férias e só retorna no próximo dia 19. Mas a ausência do socialista não estancou as especulações sobre que mudanças serão feitas no estafe do Governo do Estado. Há muitas dúvidas e algumas certezas, a principal delas é que as alterações serão casadas com as que serão feitas na Prefeitura do Recife. As substituições, mais do que dar um novo gás à equipe, servirão para estruturar o projeto do PSB para as eleições de 2018.

A principal incógnita será o retorno do PSDB ao Palácio das Princesas. Convidado a deixar a gestão estadual juntamente com o DEM, em maio, por causa das candidaturas próprias das duas legendas à Prefeitura do Recife, a volta dos tucanos para a administração é vista como uma possibilidade para reatar os laços entre as siglas.

No entanto, isso é tratado, segundo fontes palacianas, com “muita calma”. O motivo da cautela deve-se ao fato de saber como ficará o controle do partido. O prefeito de Jaboatão, Elias Gomes, deveria presidir a sigla a partir de junho de 2017. No entanto, estaria havendo uma disputa interna com o ministro das Cidades, Bruno Araújo. “Tem toda a possibilidade do PSDB voltar para a gestão. É natural e vamos conversar com eles”, afirmou uma fonte palaciana.

O DEM também pode ser convidado a conversar, mas com espaço menor do que o do PSDB. Apesar de ter o Ministério da Educação, Mendonça Filho, o partido não foi bem nas eleições municipais. Saiu das urnas com quatro prefeitos, dos quais três estão alinhados com o Palácio do Campo das Princesas. Portanto, se o DEM vier, não terá tratamento diferenciado, como no caso do PSDB.

Agora com seis deputados estaduais, o PP poderá ser contemplado com mais espaço no Governo. Atualmente, a sigla está presente em escalões inferiores. Com duas secretarias - Habitação e Trabalho - além do Lafepe, o PMDB está contemplado, mas pode participar de uma eventual dança das cadeiras para se fortalecer. Outra mudança praticamente sacramentada é o retorno do secretário de Desenvolvimento Social, Isaltino Nascimento (PSB), para a Assembleia Legislativa, apesar de ele desejar ficar no Governo. A justificativa para a saída de Isaltino é que o Governo precisa reforçar a sua base na Casa de Joaquim Nabuco.

 

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