Política

Governo nomeia comandante da PM de MG indicado pelo centrão para presidir a Funasa

A Funasa é vinculada ao Ministério da Saúde e que responde por ações de saneamento básico para prevenção e controle de doenças em cidades de pequeno porte e áreas rurais

Coronel Giovanne Gomes da SilvaCoronel Giovanne Gomes da Silva - Foto: Reprodução / Internet

Em mais um aceno aos partidos do chamado do centrão, o governo do presidente Jair Bolsonaro nomeou o comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel Giovanne Gomes da Silva, para ocupar a presidência da Funasa, fundação vinculada ao Ministério da Saúde e que responde por ações de saneamento básico para prevenção e controle de doenças em cidades de pequeno porte e áreas rurais.

A nomeação foi publicada nesta sexta-feira (29) no Diário Oficial da União, e assinada pelo ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto. Silva assume no lugar de Márcio Sidney Sousa Cavalcante, que estava no cargo desde 9 de março, após ocupar o posto de diretor-executivo da fundação por dois anos.

Apesar de ser um coronel da PM, Gomes da Silva foi indicado pelo líder do PSD na Câmara, Diego Andrade (MG). Segundo parlamentares aliados de Andrade, o policial e o deputado são amigos de longa data. De acordo com pessoas próximas, o líder quis indicar um nome de sua confiança, mas com o perfil do governo Bolsonaro.

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O PSD nega fazer parte oficialmente do grupo de partidos chamado de centrão, que reúne, por exemplo, PP, PL, Republicanos. O partido, porém, está participando ativamente da negociação de cargos com Jair Bolsonaro em troca da promessa de formar uma base de sustentação para o governo no Congresso. Também teve apoio de outros líderes para indicação.

Segundo informações da Polícia Militar de Minas Gerais, Silva é bacharel em direito, graduado pelo curso de formação de oficiais e pós-graduado em segurança pública pela academia de formação da instituição. Ele não tem experiência na área da saúde ou saneamento.

Questionada, a PM-MG informou que ele terá sua exoneração publicada nos próximos dias para assumir o novo cargo. Nos últimos dias, o governo tem ampliado o número de militares em cargos ligados ao Ministério da Saúde.

O processo de militarização na Saúde começou ainda na gestão do ex-ministro Nelson Teich, com a entrada do general Eduardo Pazuello como número 2 da pasta. Inicialmente, as nomeações ocorriam sobretudo para cargos de direção e coordenação na secretaria-executiva. Com a entrada de Pazuello como ministro interino, as nomeações passaram a ocorrer também para cargos em áreas especializadas. Ao todo, já são ao menos 22 nomeados em diferentes cargos na pasta.

Nesta semana, o governo nomeou o coronel do Exército Luiz Otavio Franco Duarte como secretário de atenção especializada em saúde, pasta voltada à organização de diretrizes de assistência, gestão e liberação de recursos para a área hospitalar. Outras duas secretarias também são ocupadas por militares: secretaria-executiva e de saúde indígena.

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