Grupo de presos do 8 de janeiro na Argentina reclama de condições de cadeia: "Pior que a Papuda"
Em entrevista ao UOL, eles afirmaram que são vítimas de violações aos direitos humanos no país vizinho
Brasileiros presos na Argentina por participação nos atos antidemocráticos do 8 de janeiro de 2023 reclamam das condições dos presídios no país vizinho. Em entrevista ao site UOL, eles contam que as instalações são piores que a da Penitenciário da Papuda, em Brasília, e alegam serem vítimas de violações aos direitos humanos.
Ao todo, cinco fugitivos do 8 de janeiro foram presos na Argentina e aguardam os julgamentos dos pedidos de extradição feito pelo governo brasileiro, o que está previsto para acontecer ainda este mês. Todos tinham sido presos no Brasil, mas foram para o país vizinho após serem soltos para cumprir medidas restritivas.
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O GLOBO mostrou que os investigados e condenados pelos atos golpistas usaram vias fluviais e terrestres, incluindo longos deslocamentos a pé, para escapar da Justiça brasileira e buscar abrigo em países vizinhos, especialmente na Argentina.
Em outubro de 2024, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou, após pedido da PF, a extradição de 63 brasileiros envolvidos nos ataques golpistas que estão foragidos na Argentina.
Em junho do mesmo ano, o governo argentino enviou ao Brasil uma lista com cerca de 60 nomes de pessoas procuradas pela Justiça brasileira que estavam em seu território. Na época, a PF iniciou a elaboração do pedido de extradição enviado ao STF.