Política

Haddad e Paulo com mesmo percentual e apostas no 1º turno

O socialista abriu 15 pontos, diferença que era de 10 na amostra anterior

Paulo Câmara e Armando MonteiroPaulo Câmara e Armando Monteiro - Foto: Divulgação

Na última rodada da pesquisa Ipespe/Folha de Pernambuco, divulgada ontem, as chances de a eleição ser resolvida no 1º turno, em Pernambuco, aparecem ampliadas. Pela amostra, o governador Paulo Câmara figura com 43% das intenções de votos (tinha 36%), um percentual casado com o do seu candidato à Presidência, Fernando Haddad, que aparece com 44% (tinha 32%). Em relação a seu principal adversário, Armando Monteiro Neto, que pontua 28% (tinha 26%), o socialista abriu 15 pontos, diferença que era de 10 na amostra anterior. Além firmar a condição de candidato do ex-presidente Lula, o governador viu sua rejeição ser reduzida e a avaliação do seu governo melhorar. No caso de Armando, a rejeição do petebista saiu de 38% para 52%. No último debate, promovido pela TV Globo, Paulo Câmara bateu na tecla de que o petebista votou contra a Reforma Trabalhista e insistiu em tachá-lo de "patrão". Embora Armando tenha definido Paulo como "exterminador de empregos", o tema que envolve o trabalhador passou a contribuir para elevação da rejeição do petebista e a Frente Popular aferiu isso. O assunto foi alvo de embate pela primeira vez em debate da Rádio Liberdade, em Caruaru, no último dia 18. No dia 20, o Datafolha mostrou a menor diferença entre os dois candidatos. Dali em diante, as inserções da Frente Popular se multiplicaram em torno da Reforma Trabalhista. A briga foi parar no TRE. Nos últimos dias 22 e 23, Haddad cumpriu extensa agenda no Estado, que serviu para cravar quem era o candidato de Lula. Em votos válidos, Paulo Câmara marca, agora, 56% e Armando, 36%. Ainda que Haddad tenha parado de crescer na corrida presidencial, em Pernambuco, Paulo Câmara isolou-se na liderança.

Chamou para almoçar
O avô da candidata ao Governo do Estado, Dani Portela, Luis Portela, ex-prefeito de Palmares, foi exilado com o avô de Marília Arraes, Miguel Arraes. As duas vinham trocando figurinhas sobre alguns temas, inclusive sobre este. Ontem, Marília telefonou para Dani, convidando para almoçar.

Menu > As duas foram à mesa no Mercado da Boa Vista. Lá, Dani recebeu o que define como "declaração pessoal de voto" de Marília. "Não foi nem um apoio, foi uma declaração de `não voto em Paulo Câmara. Acredito em um projeto de esquerda`", sublinha Dani.

Antes e depois > Dani já havia prestigiado o lançamento da candidatura de Marília a deputada. Havia, na coligação de Armando Monteiro, quem apostasse que o fluxo natural seria a petista votar nele, como ocorrera em 2014. Dani pondera: "Quem era Armando em 2014? Ele foi fiel ao PT até a votação do impeachment. Depois deu uma guinada, votou a favor da Reforma Trabalhista".

Presente > Fernando Haddad já lembrava, desde ontem, que Lula completa 73 anos hoje. O líder-mor do PT, em recado à mão, sugeriu: "Espero ganhar de presente o voto do povo no Haddad".

Day after > O comunicado no qual o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, convoca reunião da Executiva Nacional para a próxima terça, foi emitido na última quarta. O encontro, na sede nacional, vai deliberar sobre três tópicos: Análise dos Resultados Eleitorais do PSB; posição da sigla no 2ºo turno e Assuntos Gerais.

Na urna > Em relação ao caso de Julio Lossio, Orson Lemos, assessor da corregedoria do TRE-PE, esclarece que o "o voto dele não está sub judice e vai aparecer o resultado". Ele explica: "O candidato fica sub judice quando tem o registro indeferido. No caso de Lossio, o registro foi deferido e, posteriormente, o partido pediu expulsão. O tribunal, ao julgar, manteve a candidatura dele. Então, ele nao está sub judice". Votos são computados normalmente.

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