Humberto admite construção de 'consenso' antes do dia 10
Senador grifa que aliança é do interesse nacional do PT
Se no PSB já reinava uma expectativa de que a definição do PT sobre aliança no Estado saísse antes dia 10 - data agendada pela sigla para votar se terá ou não candidatura própria -, como a coluna registrou no último sábado, do lado do PT, a hipótese também passa a ser considerada. Ontem, o senador Humberto Costa fez a seguinte ponderação: "Naturalmente, se a gente construir um consenso ou uma posição unificada antes disso (dia 10), o encontro (do PT) vai ser feito, mas terá um caráter diferente". Antes disso, fez uma consideração: "O trabalho todo nosso é para construir a decisão, qualquer que seja ela, no entendimento, na conversa, no convencimento de uma parte pela outra". Ainda segundo o senador, hoje, existe "maioria pequena" favorável à realização de uma aliança, "porque isso é uma coisa do interesse nacional do PT". No entanto, se a direção nacional der uma orientação objetiva nesse sentido, "essa maioria cresce bastante", pontua Humberto. Sobre a vídeoconferência realizada ontem, entre a direção nacional e representantes do PT de Pernambuco, Humberto classificou: "A presidenta (Gleisi) colocou muito claramente que, desde novembro, existem conversas iniciais, que se intensificaram ao longo desses últimos dois meses, especialmente no último mês". Havia uma reunião agendada entre Gleisi e Paulo Câmara para a última terça-feira, que acabou não ocorrendo em função dos transtornos causados pela crise de abastecimento. A presidente nacional, por sua vez, já tentava, desde a última sexta-feira, promover encontro com os petistas pernambucanos, o que acabou se dando por vídeoconferência na última quarta. Gleisi não bateu o martelo durante a conversa com correligionários pernambucanos, mas ficou de remarcar com Paulo Câmara, segundo Humberto. E esse novo encontro pode ser decisivo.
Gleisi e Paulo Câmara
Ontem, Humberto Costa informou que o governador Paulo Câmara ficou de telefonar para Gleisi Hoffmann, visando a remarcar o encontro. O senador considerou a hipótese de essa conversa ocorrer no início da próxima semana, segunda ou terça-feira.
Reação 1 > Na Alepe, ontem, o deputado Isaltino Nascimento disse estar surpreso com as declarações do deputado federal Mendonça Filho, criticando a condução do governo Temer durante a crise gerada pela mobilização dos caminhoneiros.
Reação 2 > “Achei que tivesse lido uma frase dita por Danilo Cabral ou Tadeu Alencar. Estão querendo abandonar o barco de Temer porque essa gestão não serve, está sem rumo”, discursou Isaltino.
Cautelar > A empresa HS Lira conseguiu uma cautelar no TCE para suspender licitação de R$ 16 milhões, referente a contrato com a Prefeitura do Recife para aluguel de 454 veículos. Alegou que sua desclassificação na licitação foi indevida. A relatora, Teresa Duere, suspendeu o pregão e deu cinco dias para a gestão prestar esclarecimentos.
Desencontro > Sobre abrir ou fechar em meio à crise dos caminhoneiros, os tribunais do Recife adotaram posições diferentes. Ontem, no TRF5, deu-se ponto facultativo, mas TJPE, TCE, TRT6 tiveram expedientes normais. Hoje, TRT6 e TRF5 trabalharão normalmente, mas TCE, TJPE e TRE fecham.
De mal > Humberto Costa relatou, ontem, que o ex-ministro da Sáude, Ricardo Barros, deixou de falar com ele após o embate pela manutenção da Hemobrás em Pernambuco. O progressista queria levar a empresa para o Paraná. O petista relatou o mal-estar durante balanço dos sete anos e meio de mandato com a Imprensa.
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