Política

Liberdade de expressão tem que ser para todo mundo, diz Bolsonaro

"Se o cara me chama de fascista por exemplo e eu processo, não acontece nada. Se eu chamo ele de fascista, levo R$ 20 mil no ombro', afirmou o presidente

Presidente Jair Bolsonaro Presidente Jair Bolsonaro  - Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (4) que "liberdade de expressão tem que valer para todo mundo". A declaração ocorreu em resposta a um apoiador que, na porta do Palácio da Alvorada, disse que o mandatário deveria processar críticos que se referem a ele como "genocida".

"Se o cara me chama de fascista por exemplo e eu processo, não acontece nada. Se eu chamo ele de fascista, levo R$ 20 mil no ombro. Não adianta, minha taxa de sucesso é próxima de zero. E outra coisa: se é liberdade de expressão, tem que valer pra todo mundo", respondeu Bolsonaro. A fala foi transmitida no perfil do presidente no Facebook.

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Em meio à pandemia do novo coronavírus e após semanas de atos pró-Bolsonaro, o governo foi alvo de manifestações contra o presidente e a favor da democracia no domingo (31). Novos atos foram convocados para este fim de semana. Em reação, Bolsonaro classificou na terça (2) como marginais e terroristas os integrantes dos chamados grupos antifascistas que estão promovendo os protestos.

"Começou aqui com os antifas em campo. O motivo, no meu entender, político, diferente [daquele dos protestos nos EUA]. São marginais, no meu entender, terroristas. Têm ameaçado, domingo, fazer movimentos pelo Brasil, em especial, aqui no DF", disse Bolsonaro.

Na segunda-feira (1º), o presidente já havia dito a seus apoiadores que eles não deveriam ir às ruas no próximo domingo (7), como fazem todos os finais de semana, já que, neste, está marcado um ato contra o fascismo e em oposição ao governo Bolsonaro.

Nesta quinta, Bolsonaro também conversou na entrada do Alvorada com um grupo de atiradores e colecionadores de arma de fogo. Eles agradeceram o mandatário pela edição de normas que facilitaram o acesso a armas e munições e pediram novas medidas para, segundo eles, "desburocratizar" procedimentos. Bolsonaro determinou que um integrante do governo se reúna com o grupo para ouvir suas demandas em detalhe.

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