Política

Líder do PT no Senado volta a defender 'luta nas ruas'

Segundo Lindbergh Farias, ''só a luta institucional' não vai levar o PT a lugar algum

Para o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), a decisão do juiz  mostra que o magistrado nunca agiu de forma imparcialPara o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), a decisão do juiz mostra que o magistrado nunca agiu de forma imparcial - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ), voltou a defender "luta nas ruas" nesta segunda-feira (22), durante ato em Porto Alegre, onde ocorrerá o julgamento em segunda instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima quarta (24). Ao discursar para estudantes, Lindbergh disse que a Justiça já mostrou que tem lado. "Só a luta institucional não vai nos levar a lugar nenhum", discursou.

O senador afirmou que os apoiadores de Lula deveriam enviar o seguinte recado aos defensores de sua condenação: "Se vocês querem apostar na irresponsabilidade dobrada, se querem colocar o país na instabilidade política, venham porque estamos prontos para lutar nas ruas deste país", discursou.

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Repetindo que este não é o momento para uma esquerda frouxa, lembrou que hoje o ex-governador Leonel Brizola, morto em 2004, completaria 96 anos. E que o líder pedetista era um exemplo de resistência e enfrentamento, inclusive à TV Globo.

Lindbergh discursou em um ato de transferência simbólica da sede da UNE (União Nacional dos Estudantes) para o DCE (Diretório Central dos Estudantes) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a exemplo do ocorrido em 1961, quando Brizola liderou a rede da legalidade em favor da posse do ex-presidente João Goulart.

Presidente da UNE à época, o ex-deputado Aldo Arantes (PCdoB), disse ver semelhança entre os dias de hoje e os que antecederam o golpe de 1964. "Não sabemos no que vai dar [depois de amanhã]. Este julgamento vai marcar nossa história. Se Lula for condenado, a luta vai continuar", afirmou Aldo Arantes. Ex-presidente da UNE, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) disse que a politização do processo seria "um tiro no pé" por unificar as esquerdas em defesa de Lula.

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