Lira comemora nova nota de crédito do país: "Importante conquista para a economia"
Lira afirmou que a nova classificação está relacionada à política econômica do governo Lula, que tem tido apoio na Câmara
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), definiu a nova nota de crédito do Brasil, divulgada pela agência de classificação de risco Fitch, como uma “importante conquista para a economia do país”. Em publicação no Twitter, Lira afirmou que a nova classificação está relacionada à política econômica do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem tido apoio na Casa a qual preside.
“A decisão da agência de classificação de risco Fitch de elevar a nota de crédito do Brasil para “BB” é uma importante conquista para a economia do país. A nova avalição da agência se deve à política econômica do governo, que tem recebido todo o apoio institucional da Câmara. No primeiro semestre aprovamos a reforma tributária, o Carf e o arcabouço fiscal. A Câmara não falta à sua responsabilidade com o Brasil e apoia todas as medidas do interesse do país", disse na postagem.
A agência de classificação de risco Fitch elevou a nota de crédito do Brasil (rating soberano). A classificação subiu de "BB-" para "BB". A perspectiva é estável. O Tesouro Nacional afirmou em nota que a decisão da agência corrobora os esforços empreendidos pelo governo para fortalecer o ambiente econômico e promover a consolidação fiscal. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou a decisão da agência de risco.
A decisão da Fitch coloca o Brasil a duas notas da obtenção do grau de investimento — que é o "selo" de bom pagador, ou seja, que atesta a capacidade do país em honrar seus compromissos. Com ele, o país atrai aportes, pois é entendido como um porto seguro para o investidor.
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"A elevação dos ratings do Brasil reflete o desempenho macroeconômico e fiscal acima do esperado em meio a choques sucessivos nos últimos anos, políticas proativas e reformas que apoiaram isso e a expectativa da Fitch de que o novo governo trabalhará para melhorias adicionais", afirma a agência.
O Ministério da Fazenda disse em nota que "reitera seu compromisso com a agenda de reformas em curso, que contribuirá não apenas para o melhor balanço fiscal do governo, mas também levará à redução das taxas de juros e à melhoria das condições de crédito, ao mesmo tempo em que assegurará a estabilidade dos preços".
"Desta forma, serão criadas as condições para a ampliação dos investimentos públicos e privados e a geração de empregos, aumento da renda e maior eficiência econômica, elementos essenciais para o desenvolvimento econômico e social do país", acrescenta o texto.
Já existiam sinais de mudança na avaliação das agências de classificação de risco. Em junho, a Standard&Poor's (S&P) mudou a perspectiva da nota de crédito do Brasil de estável para positiva. Foi a primeira mudança desde 2019.
O que muda para o Brasil com a decisão da Fitch
Essa decisão funciona para o mercado financeiro como um termômetro das contas públicas brasileiras, já que evidencia a melhora na avaliação da agência em relação à capacidade do Brasil de honrar seus compromissos financeiros.
Esse tipo de informação pode influenciar na decisão de investidores estrangeiros alocarem capital no Brasil, o que pode acentuar ainda mais a atual trajetória de queda do dólar frente ao real, entre outros efeitos. A moeda americana abriu em queda nesta quinta-feira.