Lula indica chance de aliança com Alckmin e elogia ex-governador de SP
Lula indicou que a possibilidade de aliança é real, mas depende também de acerto partidário
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, em entrevista para a Rádio Gaúcha, que espera Geraldo Alckmin (PSDB) definir seu partido para decidir sobre a possibilidade de o ex-governador de São Paulo integrar sua chapa para as eleições de 2022 como candidato a vice.
Dizendo que teve "extraordinária relação" com Alckmin quando era presidente, Lula indicou que a possibilidade de aliança é real, mas depende também de acerto partidário. O ex-governador está de saída do PSDB e tem o PSD e o PSB como principais opções de filiação.
"Quando fui presidente, tive uma extraordinária relação com Alckmin, [José] Serra, Yeda Crusius, [Germano] Rigotto. Eu não fazia diferença na minha relação com entes federados. Não queria saber de que partido era a pessoa", disse, citando ex-governadores de São Paulo e Rio Grande do Sul.
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"Tive extraordinária relação com Alckmin, foi um governador responsável aqui em São Paulo. Ele está numa definição de partido, estamos em processo de conversar, vamos ver, se a hora que eu definir se sou candidato ou não, é possível construir uma aliança política. Primeiro preciso ver qual partido ele vai entrar, ele ainda não decidiu", disse.
De acordo com a colunista do jornal Folha de S.Paulo Mônica Bergamo, Lula e Alckmin têm novo encontro nesta semana para discutir uma possível aliança. Recentemente, em entrevista durante viagem à Europa, o ex-presidente já havia feito um aceno, dizendo que não havia nada na relação entre eles "que não podia ser reconciliado".
Pré-candidatura
Lula ainda não anunciou oficialmente a própria candidatura. Ele diz que tomará uma decisão em fevereiro ou março de 2022. No entanto, nos bastidores, seu nome na disputa ao Planalto no ano que vem é dado como certo por aliados e adversários.
Na entrevista à Rádio Gaúcha, ele brincou com a situação: "Já tenho 23 vices e 8 ministros da Fazenda, e nem sou candidato ainda".
Atualmente, o petista aparece na liderança em todos os cenários de disputa traçados pelos institutos de pesquisa para as eleições de 2022.