Política

Lupércio procura MPPE para reverter decisão

Depois de ser proibido de dizer que é olindense, candidato procura MPPE e diz que vai acionar PF

 Professor Lupércio enfatizou: “Sou filho de Olinda e ninguém vai tirar isso de mim” Professor Lupércio enfatizou: “Sou filho de Olinda e ninguém vai tirar isso de mim” - Foto: Roberto Soares/alepe

 

Após a juíza eleitoral de Olinda Ângela Maria Teixeira proibir que o candidato Professor Lupércio (SD) se apresente aos eleitores como olindense, em resposta ao pedido da Coligação Muda Olinda - que apoia Antônio Campos (PSB) - Lupércio decidiu reagir: em companhia do deputado federal e presidente estadual do Solidariedade, Augusto Coutinho, teve um encontro, nesta quarta-feira (19), com o procurador geral da Justiça do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Carlos Guerra, para se queixar da judicializaçao promovida por Antônio Campos na disputa pela Prefeitura de Olinda.

Lupércio relatou ao procurador que tem sido vítima de atos "caluniosos", "injuriosos" e de "difamação" que estariam sendo promovidos contra ele. Na ocasião, foi entregue um ofício, em nome do Solidariedade, listando as queixas da coligação em relação ao pleito olindense. De acordo com Coutinho, Carlos Guerra teria se comprometido a encaminhar os documentos do partido à Justiça Eleitoral de Olinda, nesta quinta-feira (20).

Tanto Coutinho quanto Lupércio lamentaram as afirmações de Campos sobre um suposto apartamento onde Lupércio residiria, no Bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. “Nunca tive um apartamento em Boa Viagem. Quero que ele prove que tenho esse apartamento. Só fiquei sabendo onde é porque me mostraram. Nem minha esposa sabia, nem minha mãe, nem eu mesmo sabia. Fui pego de surpresa. Quero ver essa escritura. Isso é uma baixaria”, afirmou Lupércio.

Segundo Coutinho, o caso também será levado para a Polícia Federal. “O procurador geral é responsável por zelar a lei e ele vai encaminhar a quem cabe efetivamente se debruçar sobre isso. Não é só o Ministério Público. Hoje entraremos com representação na Polícia Federal, porque a lei diz assim. Praticaram um crime e a Polícia Federal precisa saber quem praticou”, afirmou o parlamentar.

Em quase toda entrevista Lupércio fez questão de frisar que é “filho de Olinda”. “Agora quero saber como é que ficam os olindenses. Sou filho de Olinda e ninguém vai tirar isso de mim. Como é que ficam os pais dos filhos que nasceram em outra cidade, porque são muitos, como ele vai dizer para o filho ‘você não é filho de Olinda, meu filho, porque você não nasceu em Olinda’”, relatou o postulante.

Decisão
A juíza Ângela Maria Teixeira divulgou na última terça a proibição, que só foi conhecida nesta quarta. Na decisão, a magistrada afirma que, a despeito dos laços pessoais do Professor Lupércio com Olinda, o candidato é recifense e estaria divulgando “circunstância que sabe ser inverídica” criando “circunstância emocional no eleitor”.

“A despeito dos laços afetivos, sejam familiares, sejam residenciais, profissionais e educacionais, Lupércio Carlos do Nascimento nasceu na vizinha cidade de Recife. (...) Defiro o pedido de concessão da Tutela Antecipada, para determinar a suspensão imediata das veiculações”, diz a decisão, que abrangeria inserções em rádio e TV, além de propagandas impressas.

 

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