Política

Lupi muda planos e só lança Túlio no Recife em 2020

Lógica é não desequilibrar a balança na Capital

Carlos LupiCarlos Lupi - Foto: divulgação

Havia três agendas no radar do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, a serem realizadas no Recife e elas, originalmente, se dariam esta semana. Uma seria com o deputado federal Túlio Gadêlha, outra com o prefeito Geraldo Julio e a terceira seria o lançamento de um livro de autoria de Lupi intitulado "Um golpe contra os trabalhadores". A lógica seria buscar um equilíbrio na Capital pernambucana, contemplando Túlio, mas deixando uma janela aberta com o PSB, em cuja gestão os pedetistas ocupam espaço.

Ontem, à coluna, Geraldo Julio confirmou que a agenda ficou para o ano que vem. Lupi havia adiantado, no início do mês, que a data provável seria dia 18, amanhã. No entanto, diante da iminência da votação do Orçamento no Congresso, isso tornaria inviável a participação do presidente estadual da legenda, Wolney Queiroz. A incompatibilidade de agendas acabou gerando toda uma mudança de planos e Lupi, que viria à Capital acompanhado de Ciro Gomes, sinalizou ainda na semana passada, internamente no partido, que deixaria as agendas no Recife para o ano que vem. Com Geraldo Julio, ele inauguraria a Escola Leonel Brizola. Com Túlio, o compromisso era o lançamento da pré-candidatura dele à Prefeitura do Recife, conforme Lupi anunciara na Rádio Folha FM 96,7 ainda no início de novembro. Nacionalmente, PSB, Rede, PDT e PV articulam frente, visando à formação de alianças para 2020, o que reforça a lógica de Lupi de não desequilibrar a balança na Capital, onde o PSB trabalha a pré-candidatura de João Campos.

 

Nomes para lá e para cá
Após o ex-senador Armando Monteiro manifestar, em nota, preocupação com "o lançamento antecipado de nomes para prefeito do Recife", pelo senador Fernando Bezerra, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, indagado sobre o assunto, ponderou que "o próprio Armando fala de não citar nomes e ele mesmo citou Daniel (Coelho), Priscila (Krause), Silvinho (Costa)". Miguel, no entanto, diz que concorda com Armando quando ele defende o seguinte: "O que deve unir a oposição é a discussão de um projeto de mudança para a cidade".
Quem será? > Miguel, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7 ontem, por outro lado, argumentou o seguinte: "Agora, você só tira um projeto do papel se você tiver um líder capaz de transformar isso em realidade. Quem será esse líder isso é prematuro ainda. E não será Fernando e não será Armando (que vão resolver). Será o povo do Recife, de Petrolina, de Caruaru...".
Eco > Um dos nomes cotados para substituir o ministro da Educação, Abraham Weintraub, em meio a rumores de uma eventual reforma administrativa, é o senador Izalci Lucas, do PSDB. O nome dele chegou a ser levado ao presidente Jair Bolsonaro por integrantes da Frente Parlamentar Evangélica ainda em 2018.
Lá e... > Em entrevista à Folha de Pernambuco publicada ontem, o senador Humberto Costa, em relação a Marília Arraes, diz: "Do ponto de vista pessoal, eu não teria nenhuma razão para apoiá-la". A declaração vem na esteira de cálculos de aliados do Campo das Princesas que, como a coluna registrara, avaliam uma candidatura da deputada como estratégica para Humberto.
...lô > Esses governistas já projetaram, em conversas reservadas, que "se Marília perder, desidratada, ela sai da fila do Governo do Estado para 2022 e Humberto Costa poderá concorrer" e na hipótese de ela ganhar, "apoia Humberto para o Governo do Estado em 2022".
Parecer do TCE > Por unanimidade, o Pleno do Tribunal de Contas emitiu parecer prévio recomendando à Assembleia Legislativa a aprovação das contas do governador Paulo Câmara relativas ao exercício de 2017. A relatoria foi do conselheiro Dirceu Rodolfo. 

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