Maia fala em 'tomar cuidado', e deputados aguardam mais de Moro
Há munição por vir na aposta de parlamentares
Em meio a pedidos de inquérito, de impeachment, de CPIs e de CPMI, parlamentares apostam que ainda há "muita coisa de (Sérgio) Moro para vir à tona". O argumento encontra eco em deputados de diferentes partidos. Em outras palavras, uma bolsa de apostas, no Congresso, dá conta de que o ex-juiz deve estar municiado de material mais extenso do que o que trouxe a público em relação ao presidente Jair Bolsonaro, e por isso, avaliam que é hora de aguardar os desdobramentos. Ontem, ao quebrar o silêncio e se pronunciar sobre os quase 30 pedidos de impeachment protocolados, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, defendeu que é preciso "tomar cuidado". Antes, pontuou: "Quando você trata de um tema como um impeachment, eu sou o juiz" e seguiu: "Então é uma questão que a gente tem que tomar cuidado". Com a liderança posta em xeque pela composição que o governo faz com o centrão, Maia ganha tempo ao observar a movimentação.
Nos bastidores, parlamentares repisam que o centrão "não é pilar confiável" para o governo contra eventual processo de impeachment. E seguem lembrando que "na hora que faltam condições políticas, eles são os primeiros a pular do barco". Sobram comparações com episódios ocorridos com a ex-presidente Dilma Rousseff. Para parlamentares atentos às negociações, o centrão tirou o "que podia e não podia" da petista e, mesmo assim, ela não pode contar na hora "H". Agora, realçam que "nem o governo entrega e nem eles se satisfazem, sendo uma parceria que tem tudo para dar errado". Ontem, o vice-presidente, Hamilton Mourão, definiu essa construção como uma "aproximação mais cerrada junto aos partidos de modo que construa base". A conferir.
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