Revogação

Mauro Cid pede revogação da prisão preventiva a Moraes e alega que não quebrou acordo

Ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro apareceu em áudios criticando a forma como a colabioração premiada foi conduzida pela Polícia Federal

Mauro César Barbosa Cid, ex-ajudante-de-ordens de Jair BolsonaroMauro César Barbosa Cid, ex-ajudante-de-ordens de Jair Bolsonaro - Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid pediu a liberdade provisória ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O oficial foi preso preventivamente por determinação do próprio magistrado há um mês, após aparecer em áudios criticando a forma como a sua delação premiada foi conduzida pela Polícia Federal.

Na ocasião, Moraes entendeu que Cid não preservou o sigilo da sua colaboração ao falar sobre o acordo com um interlocutor ainda não identificado e que os áudios causaram embaraço às investigações, o que caracterizaria crime de obstrução de Justiça.

Procurada pelo GLOBO, a defesa informou que argumenta no pedido que não houve obstrução de Justiça nem quebra do acordo de colaboração. Os advogados afirmam ainda que a manutenção da prisão é desnecessária.

Em março, Cid foi intimado a ir ao STF prestar esclarecimentos sobre os áudios divulgados pela Revista Veja a um juiz do gabinete de Moraes. Ele acabou saindo de lá preso por descumprimento de medidas cautelares e obstrução.

Na audiência, Cid confirmou todo o teor da sua colaboração premiada, disse que não houve coação da parte da PF e que fez aquelas declarações como um "desabafo" e "uma forma de expressar".

"Nunca houve induzimento às respostas. Nenhum membro da Polícia Federal o coagiu a fala algo que não teria acontecido", disse Cid, segundo a transcrição da ata do depoimento.

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