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EX-PRESIDENTE

Michelle envia mensagem a aliados de Bolsonaro dizendo que visitas estão restritas à família

Neste domingo, a senadora Damares Alves foi ao hospital, o que segundo aliados teria motivado a mensagem de Michelle

Jair Bolsonaro chegando a hospital em Natal (RN)Jair Bolsonaro chegando a hospital em Natal (RN) - Foto: Magnus Nascimento/AFP/arquivo

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) enviou uma mensagem a aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na manhã desta segunda-feira, restringindo as visitas e pedindo respeito ao momento de recuperação do marido. Bolsonaro ainda não tem previsão de saída da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), depois do procedimento cirúrgico realizado neste domingo, em Brasília. A expectativa no geral é de uma internação hospitalar de pelo menos duas semanas. O ex-presidente está se alimentando por via intravenosa no momento, está acordado e "consciente", segundo os médicos que participaram da cirurgia.

Através da mensagem, Michelle pede para que aliados respeitem o espaço de visitas reservado apenas aos familiares. Neste domingo, a senadora Damares Alves foi ao hospital, o que segundo aliados teria motivado a mensagem de Michelle.

"A cirurgia foi longa — 12 horas — e agora ele precisa de um tempo maior para uma recuperação completa. Para garantir o melhor cuidado possível, as visitas estão, por ora, restritas apenas à família”, disse a ex-primeira-dama, que reforçou o pedido por orações.

De acordo com o médico Cláudio Birolini, chefe da equipe que operou Bolsonaro, ainda não há previsão de alta.

— Expectativa é que Bolsonaro tenha uma vida sem restrições, mas o pós-operatório deve durar de dois a três meses. Nossa expectativa é que ele fique pelo menos duas semanas internado. É uma previsão que será reavaliada com a evolução — disse 

Ele acrescentou que cirurgia foi necessária porque a distensão no abdomen de Bolsonaro não cedia.

— A grosso modo, o abdomen dele é um ambiente hostil, pelas cirurgias prévias e a facada recebida. Para se ter ideia, foram necessárias duas horas de cirurgia só para acessar a parede abdominal dele. O intestino estava sofrido, o que nos leva a crer que ele já estava com este quadro há meses. Isto contribuiu para a decisão de intervenção cirúrgica. Esperamos que ele não precise de uma nova cirurgia nas próximas horas. Novas aderências vão se formar, isto é esperado — acrescentou Birolini.

Outro integrante da equipe médica, o cardiologista Leandro Echenique evitou falar sobre uma previsão de alta hospitalar e informou ainda que não há "sequer previsão de Bolsonaro sair da UTI". Em post nas redes sociais na madrugada, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro havia afirmado que ele tinha seguido para o quarto. Os médicos explicaram que ela quis se referir ao fato de Bolsonaro ter deixado o centro cirúrgico e ido para o quarto da UTI.

— A cirurgia foi extremamente complicada, havia muitas aderências. O procedimento terminou muito bem, com resultado excelente — disse Echenique. — É claro que isto implica com alguns cuidados de pós-operatório, que será acompanhado nos próximos dias. Não houve complicação, era um procedimento complexo. O organismo do paciente tem uma resposta inflamatória, é comum, e pode levar a intercorrências, como infecções e aumento de pressão. Ele precisa de medidas específicas pelo aumento do risco de trombose. Vai ser um pós-operatório delicado e prolongado. Não há qualquer previsão de alta.

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