Logo Folha de Pernambuco
Educação

Ministro da Educação quer criar órgão para regular cobranças abusivas em cursos de Medicina

Camilo Santana afirmou que o MEC precisa de estrutura para saber porque algumas instituições de ensino cobram até R$ 15 mil de mensalidade

Camilo Santana, ministro da Educação,  reclamou que "cada vez que o ministério aumenta o teto da Medicina, as faculdades também aumentam a mensalidade". Camilo Santana, ministro da Educação, reclamou que "cada vez que o ministério aumenta o teto da Medicina, as faculdades também aumentam a mensalidade".  - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou nesta quinta-feira que o instituto para regular o ensino superior que pretende criar no governo deve analisar possíveis cobranças abusivas em cursos de Medicina.

— O MEC precisa de boa estrutura para monitorar, acompanhar a qualidade dos cursos e saber porque determinadas faculdades de medicina cobram R$ 15 mil e outras R$ 8 mil de mensalidade — afirmou, após sua participação no Educação Já, evento do Todos Pela Educação, em São Paulo.

As instituições de ensino superior têm autonomia para definir seus preços. No entanto, o Fies tem um teto para o financiamento. Se o curso é mais caro do que ele, os alunos precisam pagar essa parte da mensalidade no momento em que estuda e o restante só depois do formado, como prevê o programa.

Atualmente, o teto para Medicina foi reajustado para R$ 10 mil em 2023.

No entanto, as instituições também subiram o valor e, então, é comum no mercado que esses cursos custem mais do que isso. Com isso, alunos pobres elegíveis para o Fies Social, que financiaria 100% do curso, não conseguem pagar essa parcela que fica fora do teto.

Nesta quinta-feira, Camilo reclamou que "cada vez que o ministério aumenta o teto da Medicina, as faculdades também aumentam a mensalidade".

— O MEC precisa reconhecer as limitações estruturais para regular o ensino superior brasileiro, que tem 80% das matrículas nas instituições privadas. Por isso, defendo a criação do instituto — afirmou.

Veja também

Newsletter