Moraes nega pedido de Cid para ser dispensado de interrogatórios de outros réus da trama golpista
Tenente-coronel foi primeiro a ser ouvido, mas terá que acompanhar outros depoimentos
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou um pedido do tenente-coronel Mauro Cid para ser dispensado dos interrogatórios dos demais réus da trama golpista. Cid foi o primeiro a ser ouvido, na segunda-feira, e queria ser autorizado e não comparecer nos demais depoimentos.
Moraes, no entanto, negou a solicitação ainda na noite de segunda, alegando que "é medida indispensável a presença dos réus durante as audiências de interrogatório, em verdadeiro instrumento de preservação do direito à ampla defesa e ao contraditório".
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Os interrogatórios começaram na segunda-feira, com Cid e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), e continuam nesta terça-feira, primeiro com o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos.
Depois, ainda restam cinco réus, na seguinte ordem: os ex-ministros Anderson Torres e Augusto Heleno, o ex-presidente Jair Bolsonaro e os também ex-ministros Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.
Também na noite de segunda-feira, Moraes aceitou um pedido da defesa de Bolsonaro e autorizou que ele seja acompanhado de dois advogados durante os interrogatórios. Além de Celso Vilardi, que já esteve do lado dele no primeiro dia, Paulo Cunha Bueno também poderá acompanhá-lo.
No primeiro dia de interrogatório, cada réu ficou sentado ao lado de um advogado, e outros membros da equipe da defesa ficaram em outros lugar.