Na passagem por PE, Boulos troca ideia com Marília Arraes
Dos partidos da esquerda, só o PSOL não está na Frente Popular
Na noite de ontem, o coordenador do MTST, Guilherme Boulos, foi recebido pela deputada federal Marília Arraes na residência dela. Os dois têm relação próxima e também se encontraram da última vez que ele passou por Pernambuco. Em 2015, movimentações sugeriram que Marília poderia migrar para o PSOL. Com a retomada recente da aliança entre PSB e PT, uma travessia dela voltou a ser ventilada, mas pessoas próximas garantem que não há articulação nesse sentido em curso. Dos partidos da esquerda, o PSOL é o único que não está no arco de alianças da Frente Popular. Por esse motivo, parlamentares, nos bastidores, apostam que a sigla poderia ser uma alternativa para a petista, caso ela pretenda concorrer à Prefeitura do Recife em 2020. Na referida bolsa de apostas, pesa o fato de o PT já encontrar-se ocupando espaços na gestão Geraldo Julio, onde Oscar Barreto comanda a pasta de Saneamento, enquanto Odacy Amorim, no Governo do Estado, está à frente do IPA. Em 2018, impedida pelo PT de concorrer ao Palácio das Princesas, Marília chegou a declarar voto em Dani Portela, então candidata do PSOL.
Atualmente, elas atuam em torno de pautas ideológicas comuns e a tendência do PSOL é ter candidatura majoritária, mas ainda não há nomes colocados. Ontem, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, Boulos ponderou que, do ponto de vista nacional, a “construção unitária” do PSOL com PSB “contra Reforma da Previdência, em torno da oposição ao Jair Bolsonaro e em defesa da soberania nacional e das liberdades democráticas” não implica em aproximação no Estado. Realçou que o PSOL tem “posicionamento muito crítico” e que “o pessoal não vai compor com esse governo, tem uma posição independente e autônoma no Estado”.
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