No monitoramento a Eike, MPF identificou 'jato suspeito' nos EUA
Eike foi monitorado por policiais federais em Nova York e agentes norte-americanos
O monitoramento feito pelas autoridades brasileiras para evitar uma eventual fuga do empresário Eike Batista detectou um jato particular que apresentava "plano de voo suspeito".
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Eike foi monitorado por policiais federais em Nova York e agentes norte-americanos. A mobilização só foi concluída quando a porta do avião foi fechada e a lista de passageiros, conferida.
O empresário foi preso ao desembarcar no Brasil na manhã desta segunda-feira (30) e levado para o presídio Ary Franco, na zona norte do Rio. Ele é suspeito de pagar uma propina de US$ 16,5 milhões ao ex-governador Sérgio Cabral.
"Procuradores no Rio e na Procuradoria Geral da República (PGR) checaram planos de voo de vários jatos brasileiros que poderiam estar nos Estados Unidos e auxiliar numa fuga, em especial um que partiu na mesma data do voo de saída do Rio e teve um plano de voo suspeito", afirmou a procuradoria em nota.
A preocupação com o empresário era acentuada porque ele também tem nacionalidade alemã. Se conseguisse chegar ao país europeu, a extradição seria dificultada.
O monitoramento era importante porque, segundo o MPF, "o mandado de prisão com difusão vermelha da Interpol não é suficiente para prisão nos EUA".
A PGR já tinha pronto um pedido de prisão preventiva a ser traduzido, com declaração juramentada, para que uma eventual detenção por agentes norte-americanos pudesse ser efetuada.
"O retorno voluntário antecipou uma prisão que seria inevitável aqui ou nos Estados Unidos, e essa custodia se mostra necessária no momento para garantia da ordem pública e da instrução criminal", afirmou na nota o procurador regional da República José Augusto Vagos, da Força-tarefa Lava Jato no Rio.
A procuradoria voltou a negar que negociou condições para o retorno de Eike. A defesa do empresário queria garantir que ele ficasse num presídio seguro. O Ary Franco está superlotado e seu fechamento já foi solicitado pela ONU e pela Defensoria Pública.
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