No Paraná, Ratinho Júnior promete cortar mordomias e chora ao falar do pai
"Não terei medo, repito, não terei medo e não vou ceder um milímetro para acabar com os privilégios", declarou, em discurso na Assembleia Legislativa.
Em seu primeiro discurso como governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD) prometeu nesta terça (1) "acabar com os privilégios e excessos da máquina pública".
"Não terei medo, repito, não terei medo e não vou ceder um milímetro para acabar com os privilégios", declarou, em discurso na Assembleia Legislativa.
O governador não mencionou o presidente Jair Bolsonaro (PSL) em seus pronunciamentos nesta terça, mas afirmou que o Brasil vive um momento de "ruptura política", e prometeu governar com "um pouco mais de audácia" para enxugar a máquina pública.
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Ele viajou logo depois da cerimônia para Brasília, onde irá acompanhar a posse de Bolsonaro. O pessedista disse que irá praticar "o estado necessário, aquele que se pauta pela eficiência". Prometeu investir em infraestrutura e agronegócio, e fazer do Paraná "o celeiro do mundo" e "o hub logístico da América Latina".
"Se nós somos o maior produtor de alimentos do planeta, não podemos admitir que há pessoas que passam fome dentro do nosso estado. Ainda temos IDHs próximos do Nordeste", disse, em discurso em frente ao Palácio Iguaçu.
Filho do apresentador de TV Carlos Massa, o Ratinho, o governador se emocionou ao falar do pai, que estava na primeira fila da plateia. "[Agradeço] meu pai, Carlos Massa, de quem eu herdei com muito orgulho o nome Ratinho Júnior", declarou, com a voz embargada.
Mais tarde, no Palácio Iguaçu, ele voltou a agradecer ao pai por ter "puxado o cobertor" de sua cama pelas manhãs, para fazê-lo trabalhar. O ex-deputado estadual ainda afirmou que sua eleição como governador foi resultado de um projeto político de 16 anos, que se iniciou com sua eleição para deputado estadual, em 2002.
Ele disse ter orgulho de não fazer parte de nenhuma oligarquia, e afirmou ter "uma história familiar de superação".
ELEIÇÕES
Ratinho Junior (PSD) foi eleito governador do Paraná no primeiro turno com 59% dos votos (3,2 milhões).
Eleito deputado aos 21 anos, o pessedista se posicionou como o "novo" e criticou a "velha política".
Para analistas, porém, ele pode ser considerado um político veterano, uma vez que já foi deputado estadual, federal e secretário, e se consolidou como força política após vitória nas urnas. "Ele não é um emergente; ele subiu as escadinhas do poder", disse o professor Ricardo Oliveira, da UFPR (Universidade Federal do Paraná).