Política

Novo gestor de Camaragibe vai enfrentar problemas na saúde

Agentes de saúde foram demitidos após as eleições levando diversas Unidades de Saúde da Família (USF) a sofrerem com a precariedade

TRE-PETRE-PE - Foto: Divulgação

 

Entre demissões, atrasos de salários e falta de serviços básicos, as futuras gestões herdarão grandes dores de cabeça. Uma das principais dificuldades na transição está no comando de Camaragibe. Após desbancar o prefeito Jorge Alexandre (PSDB), Demóstenes Meira (PTB) terá dificuldades para reestruturar a saúde do município.

Diversos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) foram demitidos após as eleições levando diversas Unidades de Saúde da Família (USF) a sofrerem com a precariedade no atendimento. O caso foi denunciado pelo Conselho Regional de Medicina de Pernambuco , junto ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
A situação não é diferente em Vitória de Santo Antão. Derrotado nas urnas, o prefeito Elias Alves (PSD) vem atrasando os salários dos servidores da educação e saúde, o que levou os sindicatos das duas categorias a acionar a Promotoria de Justiça. O prefeito eleito Aglailson Júnior (PSB) terá uma dura tarefa até equilibrar as contas e passar por uma serena transição, uma vez que a outra queixa dos sindicalistas é a falta de informações no Portal da Transparência.
Em Bom Jardim, o prefeito Miguel Barbosa (PP), ao não se reeleger, demitiu diversos funcionários temporários, o que levou a carência no atendimento de vários serviços públicos. O fato levou o MPPE a ingressar com uma ação civil pública e o pepista poderá responder por improbidade administrativa. O prefeito eleito João Lira (PSD) terá o desafio de recompor a demanda reprimida.

Já a prefeita eleita de Cumaru, Mariana Medeiros (PTC), reclamou ontem à Rádio Folha FM 96,7 da dificuldade que vem sofrendo para receber dados . A equipe de transição reclamou ao MPPE, MPCO e TCE sobre a falta de informações e destacou que, apesar dos atrasos de salários, o prefeito Eduardo Tabosa (PSD) realizou a festa de Santa Terezinha de Cumaru, padroeira local, com shows, contrariando recomendação do MP local.

Outro caso emblemático ocorre em Macaparana: a Prefeitura apresenta o quadro em que 81,2% da receita é utilizada para pagamento pessoal, quando o limite previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) é de 54% e o prefeito Paulo Barbosa (PMDB) tentou nomear outros servidores, após a derrota nas urnas para o ex-deputado estadual Maviael Cavalcanti (DEM). Há também denúncias de suspensão de cirurgias e falta de medicamento. A reportagem da Folha de Pernambuco tentou contato com Barbosa, mas ao se identificar, o prefeito desligou o telefone. Os demais prefeitos citados foram procurados, mas não retornaram.

 

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