O peso da aliança entre PSB e PMDB na decisão
Palacianos não acreditam que o PSB de Caruaru siga na contramão do Palácio
No Palácio das Princesas, a aliança considerada mais forte, hoje, do PSB, no Estado, se dá com o PMDB. E a cidade mais importante disputada pelos peemedebistas, na prorrogação da corrida eleitoral, é Caruaru. O partido, presidido em Pernambuco pelo vice-governador, Raul Henry, tem, no páreo, o deputado estadual, Tony Gel, que, por sua vez, nutre boa interlocução com o governador Paulo Câmara. Dada essa correlação de forças entre PSB e PMDB, os peemedebistas consideram como tendência, no mínimo, uma neutralidade do Governo do Estado, na Capital do Agreste, no 2º turno. Avaliam que isso “seria compreensível”. Mas há expectativas, no bastidor, também de que o Palácio possa seguir com Tony, pela lógica de não se contrapor ao projeto do PMDB. Nos corredores do Campo das Princesas, a declaração de apoio do prefeito José Queiroz a Raquel Lyra, ainda ontem, não havia sido totalmente digerida. Um palaciano lembrava que o PSB precisou dar um “não” à candidatura de Raquel em Caruaru, em favor do projeto defendido pelo PDT naquela cidade, que não incluía a deputada. Na esteira, ela acabou recebendo o apoio do senador Armando Monteiro Neto, adversário dos socialistas. No PDT, entende-se que “não existe neutralidade na política” e que, embora entre troca de farpas, aqui e ali, com os Lyra, os pedetistas sempre estiveram em campo oposto, mesmo, foi ao grupo de Tony Gel. “A gente até arenga com João Lyra; mas estamos sempre do mesmo lado. O lado de Tony Gel é o outro lado”, observa um interlocutor do PDT. Paulo Câmara retorna, hoje, de Brasília, quando deve ir à mesa com Henry e a tendência de os dois partidos caminharem juntos, em Caruaru, pode ser ratificada. Ou não.
Palacianos não acreditam que o PSB de Caruaru siga na contramão do Palácio
Paulo vai apresentar, na próxima semana, as prioridades do Estado aos parlamentares.