Oposição pede impeachment do ministro Luís Roberto Barroso, do STF. Entenda
Declaração infeliz de Barroso, no Congresso da UNE, na qual deu a entender que agiu como ministro do Supremo Tribunal Federal contra o bolsonarismo no País, causou revolta
Por ter feito uma declaração infeliz no Congresso da UNE, na qual deu a entender que agiu como ministro do Supremo Tribunal Federal para pôr abaixo o bolsonarismo no País, o ministro Roberto Barroso entra, a partir de hoje, num verdadeiro inferno astral. Deputados e senadores da oposição vão apresentar ao presidente do Senado um pedido de seu impeachment.
A apresentação está marcada para às 10h, no Congresso, e será encaminhada ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Integrante do grupo, o deputado pernambucano Coronel Meira, da bancada do PL na Câmara Federal, disse que Barroso feriu a ética e deixou o Judiciário brasileiro em maus lençóis quando afirmou ter lutado contra o bolsonarismo.
"Estamos diante do primeiro impeachment no Supremo. O presidente do Senado não pode ignorar essa punição, que é um desejo da sociedade brasileira, daquelas que zelam pela imagem das instituições", disse Meira. Já o senador Jorge Seif (PL-SC) e o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) afirmam que Barroso teria descumprido a legislação que prevê crimes de responsabilidade por parte de membros da Suprema Corte.
O parlamentar fluminense diz que Pacheco vai prevaricar e será "conivente com o desprezo pela Constituição" se não aceitar o requerimento. Uma vez apresentado no Senado, o pedido poderá receber a assinatura de outros congressistas. Segundo Jordy, 79 deputados e 11 senadores já disseram que assinarão o requerimento.
Deputados da oposição argumentam que o magistrado precisa ser investigado por crime previsto na Lei 1.079 de 1950, que proíbe ministros do Supremo de exercerem atividade político-partidária. O presidente do Senado, no entanto, indicou que um pedido do impeachment não deve avançar na Casa.