Política

Para o PT, Datafolha mostra que excluir Lula é cassar o direito de voto da maioria

Levantamento realizado na segunda (29) e na terça (30) mostra que o ex-presidente manteve vantagem sobre os rivais, com até 37% das intenções de voto

PT se reúne para candidatura de Lula em São PauloPT se reúne para candidatura de Lula em São Paulo - Foto: Nelson Almeida / AFP

Diante do resultado da pesquisa Datafolha que mostra que Luiz Inácio Lula da Silva lidera as intenções de voto no primeiro turno em todos os cenários, o PT intensificou nesta quarta-feira (31) a campanha contra a exclusão do ex-presidente na disputa deste ano. Em nota, a comissão executiva nacional do Partido dos Trabalhadores disse que excluir Lula seria "cassar o direito de voto da maioria dos eleitores".

"Excluir Lula do processo eleitoral significaria cassar o direito de voto da grande maioria dos eleitores, o que lançaria o país numa crise política e institucional de consequências imprevisíveis, mas inevitavelmente trágicas", diz o comunicado.

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Levantamento realizado na segunda (29) e na terça (30) mostra que o ex-presidente manteve vantagem sobre os rivais, com até 37% das intenções de voto. Seu eleitorado, porém, se pulveriza e a briga tende a se tornar acirrada caso ele seja barrado com base na Lei da Ficha Limpa.

Para o partido, a pesquisa "confirma que Lula continua sendo o candidato da maioria da população". "Mesmo condenado por julgadores injustos e massacrado pelas manchetes e editoriais, Lula não perdeu um só voto. Ao contrário, sua vantagem sobre os adversários cresceu nas simulações de segundo turno", diz a nota.

A executiva nacional do PT diz que "a opção por Lula cresce na medida em que o governo ilegítimo tenta desconstruir o legado de desenvolvimento com inclusão social dos governos do PT; na medida em que os golpistas retiram direitos, entregam nossa soberania e aprofundam a crise social". Na nota, o partido critica, além da Justiça, a imprensa, a quem acusa de praticar "odiosa perseguição política".

"Esta opção, que não se alterou com a sentença da primeira instância, mantem-se agora, mostrando, em primeiro lugar, que o povo não aceita a injustiça, pois sabe que Lula é, sim, vítima de um processo sem crime e sem provas que tem de ser anulado. É vítima de um processo orquestrado pela Rede Globo e movido por uma odiosa perseguição política que condena quem está ao lado do povo e protege os partidários do golpe", diz o comunicado.

O PT afirma ainda que "uma eleição sem Lula agravaria ainda mais a incerteza e a insegurança que estamos vivendo desde o golpe do impeachment" e diz que a responsabilidade recairá sobre os que "insistem em afastá-lo à força de farsas judiciais como as de Curitiba e Porto Alegre".

"Cabe ao PT defender e viabilizar esta candidatura, que será registrada em 15 de agosto, como assegura a legislação eleitoral", diz a nota, que encerra com uma convocação à militância, aos movimentos sociais e aos "partidos democráticos" para participar de mobilizações.

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