PDT de Ciro já aposta em impaciência do PSB com o PT
Socialistas estão dispostos a pagar para ver na abertura das urnas
Socialistas têm chamado, em conversas reservadas, de "chafurdação" o movimento do PT de ensaiar uma candidatura própria na capital pernambucana depois de já ter esticado a corda em 2018 até definir o apoio ao PSB no Recife. Logo depois dos acenos do ex-presidente Lula, feitos a Marília Arraes em jantar oferecido por ela, integrantes do PSB cuidaram de emitir sinais comuns no sentido de que "o que o PT vai fazer é problema dele".
Enquanto muitos socialistas falaram nas coxias, o prefeiturável João Campos, indagado se trabalharia pelo apoio de Lula, em entrevista recente à Rádio Folha FM 96,7, recorrera ao preto no branco e cravara: "O PSB tem clareza do projeto, tem um projeto, tem uma gestão que tem executado ações relevantes, num momento de crise, pelo Recife, tem um enredo, tem toda uma construção e está muito claro como o PSB vai se comportar no próximo ano". João, na ocasião, arrematara: "O PT tem que fazer avaliação interna do que eles querem. O PSB sabe o que quer". Traduzira, assim, o sentimento majoritário que circula nos bastidores. Ao PDT, a falta de paciência dos socialistas não tem passado batida. Pedetistas estão cientes de que o PSB, agora, está disposto "a contar os votos". Leia-se: socialistas têm repetido, em conversas reservadas, o seguinte sobre o fator Marília Arraes: "Vamos contar os votos". Em outras palavras, avaliam que, mais do que em 2018, estão dispostos a pagar para ver, na abertura das unas, o potencial da petista. Em 2018, o PT retirou a candidatura dela do páreo para apoiar o governador Paulo Câmara. Mas deu trabalho antes. Em meio ao novo "moído" entre PT e PSB, que tem, em Pernambuco, representatividade das mais fortes, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, fez uma visita ao presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, na semana passada. Na pauta, costuras para 2020. Mas 2022 passa pelos resultados do ano que vem.