Política

PF faz busca em gráficas e na sede do PSL de Minas em apuração dos laranjas

Álvaro Antônio nega ter patrocinado esquema de laranjas, e Bolsonaro diz que aguarda as investigações para decidir se mantém ou não seu ministro.

Ministro é suspeito de ser integrante de um esquema de desvio de verba nas eleiçõesMinistro é suspeito de ser integrante de um esquema de desvio de verba nas eleições - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A Polícia Federal cumpre na manhã desta segunda-feira (29) sete mandados de busca e apreensão em endereços de Minas Gerais relacionados às investigações sobre o esquema das candidaturas laranjas do PSL de Minas Gerais. Um dos alvos é a sede do partido, em Belo Horizonte.

As investigações começaram após o jornal Folha de S.Paulo revelar em fevereiro que o hoje ministro do Turismo de Jair Bolsonaro (PSL), Marcelo Álvaro Antônio, comandou um esquema de candidatas laranjas em Minas durante as eleições, quando comandava o partido no estado.

A sigla ainda continua sob seu comando político. O presidente no estado e diferentes dirigentes são ex-assessores indicados por ele para esses postos. Álvaro Antônio nega ter patrocinado esquema de laranjas, e Bolsonaro diz que aguarda as investigações para decidir se mantém ou não seu ministro.

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As buscas na manhã desta segunda foram autorizadas pela Justiça e estão sendo feitas também em gráficas e empresas que declararam ter prestado serviços para as candidatas. Ao todo, são sete mandados.

Conforme a Folha de S.Paulo publicou, parte do dinheiro público direcionado por Álvaro Antônio para quatro candidatas do Vale do Aço e Curvelo voltou para empresas ligadas a assessores e ex-assessores do gabinete do hoje ministro de Bolsonaro.
Apesar de figurar como campeãs no recebimento desses recursos públicos, essas candidatas tiveram votação inexpressiva e não apresentaram sinais de terem feito campanha efetiva.

Outras candidatas e a deputada federal Alê Silva (MG) acusam o ministro de chefiar o esquema. O caso do laranjal do PSL já resultou na queda do ministro da secretaria-geral da Presidência, Gustavo Bebianno, que comandou a legenda interinamente nas eleições.

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