Plano Mansueto mexe em folha. Alepe, TCE, TJPE e MP reagem
Queixa tem a ver com limite de gastos com pessoal fixado pela LRF
O debate foi desencadeado pela iminência da votação do Plano Mansueto, que está na pauta de hoje na Câmara Federal. Se o referido Projeto de Lei Complementar 149/19, do Poder Executivo, é a menina dos olhos dos governadores, porque amplia, com aval da União, a capacidade dos estados de realizarem operações de crédito, para os poderes Legislativo, Judiciário, para o Ministério Público, Tribunal de Contas e Defensoria Pública, a proposta pode gerar um estrangulamento em seus gastos com pessoal.
Em carta, datada do último dia 2, os mandatários desses poderes dirigiram-se à bancada federal pernambucana, pedindo que ela: "se posicione contrariamente ao PL 149/2019". O pleito se dá por um motivo: "Especialmente no que diz respeito à inclusão das despesas com inativos, pensionistas e terceirizados, além daquelas com o imposto de renda, dentro dos limites de gastos com pessoal dos Poderes e instituições do Estado". Referem-se à proposição de alteração do artigo 18 da Lei de Responsabilidade Fiscal, colocada no PL 149/ 2019. O deputado federal Tadeu Alencar, encarregado pelo PSB de dialogar com o relator, deputado Pedro Paulo (DEM-RJ), traduz: "No caso do Ministério Público, o daqui (de Pernambuco) chega a quase 2% (da receita com pessoal).
A maioria, dos outros estados, já ultrapassa. Na hora que a regra (atual da LRF) for alterada, eles estariam todos irregulares. Se não tiver espaço para alterar (esse quesito), que, pelo menos, se dê prazo razoável às instituições para adequação". O comprometimento da despesa com pessoal tem limite estabelecido pela LRF, o que embasa o incômodo dos poderes. A carta destinada à bancada é assinada por: Eriberto Medeiros (presidente da Alepe); Fernando Cerqueira (presidente do TJPE), Francisco Dirceu Barros (Procurador-Geral de Justiça de Pernambuco), Dirceu Rodolfo (presidente do TCE-PE) e por José Fabrício Silva (Defensor Público-Geral de Pernambuco).
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