Política
Por conta própria e com fatura menor para 2018
Antônio Campos teve 28,17% e Professor Lupércio, 23,38%
Mesmo sem a presença do governador Paulo Câmara em sua campanha no primeiro turno, Antônio Campos acabou a primeira fase da disputa majoritária em primeiro lugar em Olinda. Hoje, inicia a corrida pelo segundo turno com grande ato, em Rio Doce, na presença do chefe do executivo estadual. Promete reunir ainda, pelo menos, 20 prefeitos eleitos, além do deputado federal Jarbas Vasconcelos, do vice-governador Raul Henry e do deputado estadual Ricardo Costa. Tonca, como é conhecido, é um dos casos vitoriosos no primeiro turno, a despeito da ausência do governador no palanque. Outro exemplo está no Cabo de Santo Agostinho, com uma diferença: Lula Cabral já venceu no primeiro turno. Ainda que afirme não ter ficado "chateado" com o fato de o governador não ter ido participar de suas agendas eleitorais, Lula lembra que, em muitos lugares, onde o governador esteve presente, os candidatos acabaram derrotados. "Em Ipojuca, ele (Paulo Câmara) foi lá no palanque do PSDB e perdeu. Foi em Jaboatão e também perdeu. Por outro lado, Antônio Campos está em primeiro lugar em Olinda e eu venci no Cabo", contabilizou Lula, em entrevista à Rádio Folha, ontem. Não ir a alguns municípios com dois candidatos da base pode ser solução a curto prazo, mas deixa, por outro lado, naqueles que venceram sem a presença do governador, a sensação de que, ao chefe do executivo estadual, nada devem. A estratégia pode tornar mais difícil, ao Palácio das Princesas, cobrar uma fatura, em 2018, àqueles que entendem que se elegeram por conta própria.
Antônio Campos teve 28,17% e Professor Lupércio, 23,38%
Cruzando os dados
Antônio Campos vai entrar com pedido de informação, na segunda-feira, sobre a naturalidade do adversário e candidato à Prefeitura de Olinda, Professor Lupércio. O socialista observa que, no sistema de registro de candidatura do TSE, Lupércio consta como natural de Olinda, enquanto, no perfil dele da Assembleia Legislativa, os dados dão conta de que ele é natural do Recife.
Explicação 1 > "O grande problema não é o local onde ele nasceu. Mas a mentira. Ou ele mentiu no passado ou mentiu agora", adverte Antônio Campos. E detalha: "Porque, nas prestações de contas dele de vereador e de deputado, ele diz que é natural do Recife. No Candex, de Olinda. Ele precisa explicar isso à população".
Explicação 2 > O socialista adianta: "Vou pedir, oficialmente, ao ITB (Instituto Tavares Buril), da SDS, para saber onde ele nasceu".
Aposta > No final das contas, o vice-líder do Governo na Alepe, o deputado Lucas Ramos, que apoiou Neco, desde o ínicio, ainda que o PSB tenha lançado Heraldo Selva, em Jaboatão, comemora o resultado das urnas. Conseguiu eleger nove prefeitos e tem a chance de aumentar essa conta com Neco. Em 2014, o parlamentar contava com seis prefeitos.
Agora vai 1 > Alianças que não tiveram jeito de serem construídas no primeiro turno acabaram sendo catalisadas facilmente no segundo. É o caso de Jaboatão. Lá, o deputado federal João Fernando Coutinho, cotado para disputa majoritária, acabou preterido na indicação do partido que optou por Heraldo Selva. Ontem, Heraldo e João Fernando acabaram juntos na mesma foto e no mesmo palanque: o de Neco.
Agora vai 2 > Em Caruaru, deu-se situação semelhante. O Palácio das Princesas preteriu Raquel Lyra em favor do, então, candidato de José Queiroz, Jorge Gomes, porque não havia acordo do grupo de Queiroz com Raquel Lyra. No final das contas, os Queiroz resolveram apoiar Raquel no 2º turno, a despeito da posição do PSB, cuja tendência é de seguir Tony Gel.
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