Política

Professor Lupércio sofre primeiro revés na Câmara

Presidência da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Olinda ficou nas mãos de um oposicionista

Presidente do Banco Central, Roberto Campos NetoPresidente do Banco Central, Roberto Campos Neto - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

Eleito tendo desbancado todos os medalhões na disputa pelo comando de Olinda, o prefeito Lupércio (SD) foi empossado, ontem, na Câmara dos vereadores, sofrendo seu primeiro revés. Ao contrário do que esperava, o gestor encontrará um Legislativo dividido para aprovar os seus projetos e terá que enfrentar o comando da oposição na Casa. Isso porque, horas depois da sua posse, a Câmara dos vereadores, vital para o bom funcionamento dos trabalhos do Executivo, realizou a eleição da Mesa Diretora e colocou a chefia da Casa nas mãos da oposição.
Após reunião do bloco intitulado “G9”, o vereador Jorge Federal (PR) ficou com a presidência da Câmara. Além disso, o primeiro vice-presidente será Márcio Barbosa (PCdoB) e o primeiro secretário é Algério (PSB), marido da candidata à vice do adversário Antônio Campos (PSB). Com isso, o gestor terá oito votos favoráveis contra nove, o que pode trazer dificuldades na aprovação de projetos.

Não bastasse a ausência do governador Paulo Câmara (PSB), que desde as eleições não apareceu em seu palanque, o professor Lupércio foi surpreendido pela ausência do atual prefeito Renildo Calheiros (PCdoB) na cerimônia de transmissão de cargo. Um dos principais alvos da campanha do Lupércio, Calheiros evitou participar do ato oficial e ungiu o atual secretário de Meio Ambiente, Roberval Veras, para lhe representar, o que mesmo assim não evitou as vaias do público presente na solenidade. “Ele me ligou, falando que não vinha. Desejo boa sorte para ele”, minimizou Lupércio. Já no seu discurso de posse, o professor voltou a defender o seu compromisso com o povo, assim como vinha argumentando durante o período de campanha.

Na ocasião, reiterou que "todos os seus secretários estarão nas ruas sujando o sapato", numa ironia aos atuais secretários do comunista que, segundo ele, não lhe recebia quando era vereador. "Muitas vezes tive medo de levar alguém comigo. Medo de saber como eu seria recebido. Os meus secretários estarão nas ruas sujando o sapato", frisou.

 

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