Prova de fogo antes da eleição para presidência
Fernando Filho e Bruno Araújo reassumem nesta terça-feira
A eleição para presidência a Câmara Federal, no início de 2017, tem sido considerada, por deputados, a mais importante dos próximos dois anos por uma razão: é tida como uma disputa para vice-presidente da República, uma vez que o mandatário da Casa, que for eleito, assumirá o Planalto, caso Michel Temer se ausente. Tal perspectiva sinaliza para a seguinte constatação: no próximo ano, seria muito mais difícil aprovar a PEC 241.
Membros da base contabilizam que, por enquanto, o presidente tem maioria e ainda conta com a sensibilidade dos parlamentares. Em fevereiro, a insatisfação das bancadas corre o risco de aflorar. Dos três ministros exonerados ontem, para votar a favor da PEC, dois deles foram de Pernambuco. O retorno de Bruno Araújo e Fernando Bezerra Coelho Filho à Câmara Federal evitou que dois suplentes votassem contra a matéria. Deixaram de votar: Severino Ninho e Creuza Pereira, ambos são do PSB, do governador Paulo Câmara.
Em Pernambuco, a sigla posicionou-se contra a proposta. De Pernambuco, votaram contra a PEC quatro socialistas: Tadeu Alencar, Danilo Cabral, João Fernando Coutinho e Gonzaga Patriota. Marinaldo Rosendo e Fernando Filho foram a favor, na contramão da postura do governador. Luciana Santos (PCdoB) e Wolney Queiroz (PDT) também foram contra. Os outros 19 da bancada votaram a favor. A PEC 241 é o primeiro passo de uma reformulação maior, na qual está prevista a reforma da previdência, como meio de promover o equilíbrio fiscal. Foi a primeira prova de fogo do governo Temer, ultrapassada, em 1° turno, por 366 votos a favor, 111 contra e duas abstenções. Foram 58 votos a mais do que o mínimo necessário.

