PSB cresce e PT “desidrata”
Socialistas têm, hoje, em PE, 69 prefeituras, 11 a mais do que nas eleições passadas. Já o PT governará apenas 7 cidades
O final do processo eleitoral em Pernambuco revelou alterações na composição das forças políticas. A principal delas diz respeito ao crescimento do PSB por todo o Estado. Se no processo eleitoral de 2012 a sigla havia conquistado 58 das 184 cidades, nesse pleito, o partido impôs o nome de 69 socialistas para administrar municípios, desde a Região Metropolitana do Recife (RMR) ao Sertão do Estado.
E o número poderá se ampliar para 71 caso o prefeito e candidato à reeleição, Geraldo Julio (PSB), seja reconduzido no Recife e o candidato a prefeitura de Olinda, Antônio Campos, desbanque o professor Lupércio (SD) no segundo turno. Apesar de não entrar em bola dividida em alguns palanques em que o PSB disputou contra aliados, o crescimento do partido dá mostras do poder de força que o governador Paulo Câmara (PSB) terá para o seu projeto de reeleição em 2018.
Presidente estadual do PSB, Sileno Guedes considera que o resultado das urnas demonstra a consolidação que o partido vem tomando no Estado, como importante força política . “Sob a liderança e coordenação do governador Paulo Câmara, elegemos 69 prefeitos, 11 a mais do que em 2012. A unidade da Frente Popular encontra-se presente em mais de 150 municípios.
O julgamento das urnas em diversos municípios do Estado demonstra a confiança que a população tem no projeto e nas políticas públicas implementadas nas gestões socialistas”, destacou o dirigente estadual do PSB, Sileno Guedes. Pelo novo cenário, o PMDB também cresceu saindo de 8 para 16. Já o PSDB caiu, saindo de 20 para 12.
O PT também desidratou, num processo que vem desde 2014. Na campanha de 2012, a legenda elegeu 13 prefeitos. No final do pleito para o governo, o diretório estadual expulsou quatro por infidelidade e um pediu para sair. Nesse pleito, o partido saiu de oito para sete cidades, até o momento. Mas, a direção estadual continua sonhando com a conquista da Capital pernambucana.
No entendimento do cientista político, Vanúncio Pimentel, o crescimento do PMDB, PSB e PR deve-se ao fato de integrar a base do governo. Segundo ele, historicamente, partidos ligados à base têm tendência de crescimento. “Por outro lado, partidos como o PT e PTB, além do PSDB que saiu da aliança porque vêm pleiteando projeto próprio, perdem pelo fato de não serem do governo”. Pimentel também considera que a atrofia do PT está ligada ao desgaste dos escândalos de corrupção que a legenda se viu envolvida, a exemplo da Lava Jato.