PSB fecha questão, mas deixa margem para governadores
Casagrande defendeu que posição do PSB não fosse radical
O governador Paulo Câmara não participou da reunião do Diretório Nacional realizada, ontem, em Brasília. Havia previsão de que ele marcasse presença. No entanto, a ida acabou não se concretizando. O governador da Paraíba, João Azevêdo, também não esteve presente. Foi Renato Casagrande, do Espírito Santo, quem representou os gestores socialistas, que são três. Se a bancada do PSB parece mais confortável em fechar questão contra a Reforma da Previdência, os chefes de executivos estaduais precisam ter margem para negociar com o Governo Federal, se for preciso. Em outras palavras, Casagrande fez uma defesa no sentido de que o partido não adotasse posição tão radical em relação tema, de forma que os governadores não ficassem desconfortáveis mais na frente.
No documento emitido pelo partido, no qual ele registra que fechou questão contra a PEC do Governo Bolsonaro, é dito, entre outras coisas, o seguinte: “A resolução prevê que o Diretório Nacional voltará a se reunir para apreciar o relatório sobre a PEC nº 6/2019 quando for apresentado na Comissão Especial”. Leia-se: a intenção dos governadores de debater o tema, mediante extinção de alguns pontos, segue de pé. Paulo Câmara soltou nota reforçando ser “contrário ao texto que tramita no Congresso”. Mas diz reconhecer “a importância da realização de uma reforma da previdência”, lembrando que o déficit, em Pernambuco, é de R$ 2,6 bilhões. Como a coluna cantara a pedra ontem, a posição dos três governadores pesou sobre o caminho adotado pelo PSB de não ser de todo inflexível. Há consenso de que eles terão que declarar apoio à reforma. Não se sabe o tamanho desse apoio. Paulo Câmara não foi à reunião do diretório nacional por questão de agenda, o que acabou evitando que ele tenha deixado digital mais nítida no fechamento de questão.