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Política

PSDB sapeca 'nem vem que não tem' a Guedes e Bolsonaro

Ordem na sigla, agora, é reagir e não se encabular

Bruno Araújo, presidente nacional do PSDBBruno Araújo, presidente nacional do PSDB - Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

A ordem atual no PSDB é reagir. Aquela tese de que o partido se encabulou no debate não deve mais prevalecer, se depender da direção da legenda. Presidente nacional da sigla, Bruno Araújo não hesitou em subir o tom diante de críticas subsequentes do ministro Paulo Guedes à social democracia. Em nota, ao defender "o legado social-democrata do PSDB para o Brasil", argumentou que, enquanto o PSDB era chamado de neoliberal, o presidente Bolsonaro votava com o PT contra o Plano Real, contra a reforma da Previdência, por mais privilégios aos setores corporativos, e defendia ditadura". Então, grifou que o texto da principal medida do governo, a Reforma da Previdência, "foi conduzido pelo ex-deputado Rogério Marinho, aperfeiçoado na Câmara por Samuel Moreira e que será relatado no Senado por Tasso Jereissati". Guedes já tinha tocado no assunto outras vezes, mas Bruno não havia assumido ainda o comando da legenda. O ministro repetiu. Bruno, então, rebateu e já havia anotado que a tese de Guedes faz parte do documento oficial dos 200 dias de governo. Bruno rejeita duramente que se gere uma confusão entre PT e PSDB. Ao final da nota, Bruno cravou: "Social Democracia não é PT. Não somos PT". A regra no tucanato, agora, é fazer os enfrentamentos com o extremismo, seja da direita ou da esquerda, tornando clara a separação do Bolsonarismo, o que acabou reforçado pelas críticas recentes do governador João Dória ao presidente em relação ao trato dispensado aos governadores do Nordeste. Ontem, Doria voltou a criticar a "beligerância" e cobrou "paz e harmonia". Candidato ao Planalto em 2022, o tucano vai se descolando e afastando qualquer alinhamento com Bolsonaro.

 

Café com o presidente
O ex-governador Joaquim Francisco não deixou de levar à mesa com o presidente Jair Bolsonaro a questão do Nordeste. Ao chefe do Planalto, Joaquim, bem-humorado, ponderou: "A cadeira de presidente tem umas pedras, uns cacos de vidro. Se você puder botar um alcochoado...". Ao ex-governador, Bolsonaro considerou que se cria uma dificuldade porque acham que como ele foi derrotado no Nordeste, teria tendência a esquecer da região.
Ocasião > A conversa, quando se deu, no Palácio da Alvorada, no último dia 24, o presidente já tinha feito as declarações polêmicas, que incluiram referir-se aos governadores da região como "paraíbas" e desferir críticas ao governador Flávio Dino.
Subutilizado > Participaram do café da manhã, que durou duas horas, Bolsonaro, Joaquim e Gilson Machado, presidente da Embratur. Joaquim se colocou à disposição para ajudar e Bolsonaro comentou que já devia ter convidado o ex-governador antes.
Vem comigo >Luciano Bivar apresenta, hoje, sua proposta de Reforma Tributária do Imposto Único Federal a empresários durante o Brasil 200. A explanação do presidente do PSL visa a tirar dúvidas e buscar apoio referente ao assunto. O evento será às 12h, no Fleming’s Steakshouse, em São Paulo, e contará com a presença também de Flávio Rocha, fundador e Conselheiro do Brasil 200.
Só pensam... > Os tempos de permanência dos convidados do senador Jarbas Vasconcelos no apartamento dele, durante almoço na última terça, acabaram associados por aliados aos planos para 2020. À coluna, parlamentares observaram o seguinte: "Geraldo Julio demorou, porque a eleição do ano que vem é municipal".
...naquilo > Como a coluna registrou, já passava das 17h quando o prefeito do Recife deixou a casa do senador naquela tarde, na mesma leva que Raul Henry, Tony Gel, Fred Oliveira, André Campos e Murilo Cavalcanti. Um aliado que não estava presente sapeca: "Paulo (Câmara) já foi reeleito". 

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