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Eleição PT

PT escolhe novo presidente do partido; entenda o processo e saiba o impacto da decisão dos filiados

Cúpulas nacional e de estados e municípios serão definidas em votações

Edinho Silva (PT), prefeito de Araraquara, é um dos favoritos ao cargoEdinho Silva (PT), prefeito de Araraquara, é um dos favoritos ao cargo - Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil

Com cerca de 2,9 milhões de filiados, o PT realiza neste domingo a eleição para a escolha do novo presidente da legenda, em pleito marcado pelo favoritismo de Edinho Silvo, aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Além da composição de dirigentes do comando nacional, os petistas vão escolher os líderes de diretórios estaduais e municipais.

A eleição para a presidência do PT é realizada com o voto direto dos filiados e a expectativa é de que a apuração que indicará o presidente só termine na segunda-feira.

A apuração dos votos será centralizada no diretório nacional do partido, que fica em Brasília.

O escritório receberá a contagem de cédulas de cada região do país e irá elaborar o cálculo final do ganhador.

Ainda nas urnas, depois de escolher o candidato à presidência favorito, os militantes poderão escolher qual das correntes do PT é a que melhor os representa.

O partido tem pelo menos quatro grandes correntes que dividem os filiados: Construindo um Novo Brasil, de Edinho Silva, Novo Rumo, de Rui Falcão, Articulação de Esquerda, de Valter Pomar, e Movimento PT, de Romênio Pereira.

A cúpula partidária em formação será responsável por desenhar as estratégias para as eleições de 2026, na qual Lula deve concorrer à eleição.

A corrente que tiver maior percentual de votos também terá a maioria de membros do diretório nacional, composto por 90 membros. As demais correntes terão representantes de forma proporcional aos votos recebidos. Exemplo: se a CNB tiver 50% dos votos, metade dos membros do diretório nacional será dessa corrente; se outros 30% dos votos forem para a Novo Rumo, o diretório terá esse mesmo percentual de membros da corrente, e assim por diante.

Cada corrente indicará seus membros para o diretório nacional, podendo haver eleições dentro de cada uma delas, ou escolhas por acordos. Depois de formado o diretório nacional, o grupo escolhe os representantes para um grupo ainda mais seleto dentro da legenda: a executiva nacional, última instância de decisões partidárias.

O novo presidente nacional do PT tomará posse em agosto, no lugar do senador Humberto Costa (PE), que assumiu o comando do partido para um mandato depois que Gleisi foi nomeada ministra em março.

Favorito
Tido como um “petista de centro” e próximo de Lula, Eduinho deve tentar reconstruir pontes com partidos e políticos de centro, no fortalecimento do presidente à reeleição no ano que vem.

A expectativa de aliados de Edinho também é que ele dê mais segurança para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e apoie pautas de ajuste fiscal. Uma das missões reconstruir pontes com o mercado financeiro e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que vem se distanciando do governo de janeiro para cá.

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