Recuo do Senado pode agravar disputa por protagonismo
Bombeiros já vinham agindo em relação à Reforma Tributária
Senadores chegaram a articular a aprovação do texto que afrouxava regras eleitorais, impondo pequenas mudanças apenas ao original vindo da Câmara Federal. Mas, na tarde de ontem, um acordo de líderes rendeu recuo da Casa Alta nas principais regras. Nas palavras do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, registradas em sua rede social, o resultado foi o seguinte: “O texto construído em acordo com o senadores mantém o mesmo valor do financiamento de campanha das últimas eleições. Os demais pontos, aprovados na Câmara, foram rejeitados”. Antes, quando o projeto ainda seguia para a CCJ, Davi avisara: “Os senadores pretendem corrigir o texto aprovado pelos deputados”. O assunto não é o único que opõe a Câmara Federal e o Senado. Uma tensão latente já era admitida por parlamentares em relação à Reforma Tributária.
Líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho, ao ser indagado, definira o referido caso como “disputa por protagonismo”. Mas adiantara, como a coluna registrou no último sábado, que um grupo formado por deputados e senadores já havia sido criado e estava trabalhando para aproximar os textos das duas Casas. A ação tinha o objetivo de pacificar o mal-estar latente nos bastidores nesse quesito. Leia-se: o Senado ensaiou prevalecer no debate da reforma tributária, mas a Câmara reagiu. O deputado Augusto Coutinho também admite que o cabo de guerra entre as duas Casas é um fato. Com o novo movimento do Senado, ontem, o texto volta para Câmara, que pode alterá-lo, agravando a disputa por protagonismo que já estava instalada nas coxias.