Retorno do financiamento privado está em gestação
Deputado do PSD já falou subscrever proposta
Em meio ao debate sobre o fundo eleitoral, os deputados federais já costuram, aos poucos, o retorno do financiamento privado. É uma discussão que já está em gestação na Câmara Federal, ainda que sem tantos holofotes. No PSD, já há deputado avisando à liderança que vai subscrever proposta em torno do assunto. Líder do partido, André de Paula diz ser a favor do financiamento público. “Acho que, no nosso País, ele veio como decorrência, depois dos escândalos de corrupção que envolveram somas astronômicas. Essa percepção é muito questionada porque, quando o Congresso vai deliberar para fazer essas despesas, a sociedade reage de maneira muito contundente”.
Foi em razão da pressão social e da ameaça de veto presidencial que o Congresso recuou da ideia de elevar o valor do fundo a R$ 3,8 bilhões e voltou aos R$ 2 bilhões, após cogitar deixar em R$ 2,5 bilhões. André pondera o seguinte: “Se essa discussão em que nós não estamos falando de nós mesmos, já foi objeto de enorme constrangimento, avalie daqui a um ano e meio, quando é algo do nosso interesse”. Refere-se às eleições gerais de 2022. E sublinha: “Ninguém com quem conversei se dispõe a passar por esse constrangimento”. Daí em diante, o deputado avalia que há de se colocar condições objetivas para que o financiamento privado de campanha volte a acontecer. “Se não tem público, vai ter privado. Eu que sempre fui a favor do público, acho que politico tem que entender o sentimento das ruas. Está claro, explicito que as ruas não querem financiar eleição com dinheiro público”.
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