CPI da Covid

Reverendo afirma que fala sugerindo conversa com Bolsonaro era 'bravata'

O reverendo Amilton Gomes de Paula, em depoimento à CPI da CovidO reverendo Amilton Gomes de Paula, em depoimento à CPI da Covid - Foto: Jefferson Rudy

O reverendo Amilton Gomes de Paula afirmou à CPI da Covid, nesta terça-feira (3), que se tratou de "bravata" uma fala sua em conversa com o policial militar Luiz Paulo Dominghetti.

Os dois tratavam da negociação para a venda de 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca. Em determinado momento, o reverendo afirma "falei com quem manda". O senador Humberto Costa (PT-PE) então questionou a quem ele se referia.

"Foi uma bravata", respondeu o pastor.

A resposta provocou protestos dos senadores, porque todos detectaram que seu advogado passou a resposta ao depoente. O presidente Omar Aziz (PSD-AM), que está ao lado do reverendo, disse ter ouvido e repreendeu o advogado.

Aziz depois cobrou o depoente, afirmando que ele estava claramente protegendo autoridades.

"Repense o seu depoimento. O senhor é um pastor, as pessoas creem nas suas palavras", afirmou.



 

Filiação ao PSL
Gomes de Paula afirmou que já pertenceu ao PSL, partido pelo qual o presidente Jair Bolsonaro foi eleito.
Ele também reconheceu que participou da campanha eleitoral do presidente. No entanto, disse que se desfiliou do partido, sem dar mais detalhes.

Por diversos momentos, o reverendo foi questionado a respeito de possíveis conexões com políticos. Disse que não tinha relacionamentos, embora reconheça que alguns são presidentes de honra da entidade que fundou.

Senadores também lembraram que ele figura em diversas fotos com políticos. O senador Humberto Costa (PT-PE) lembrou que ele tem fotos com o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ).

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