Senado pode incluir com Estados obrigados a validar
Governadores podem ter que abrir debate com servidores estaduais
A discussão em torno da inclusão de estados e municípios na Reforma da Previdência foi superada na Câmara, mas, caso a PEC paralela seja aprovada no Senado, voltará a ser submetida ao crivo dos deputados federais e o apoio dos governadores à causa continua sendo um condicionante. "Se tiver apoio dos governadores numa proposta que possa ser construída de forma coletiva, esse é o ideal", adianta o deputado federal Silvio Costa Filho. Na esteira, ele informa que há duas possibilidades no radar e uma delas daria aos gestores o ônus de ter que validar a proposta em seus estados. "Vamos aguardar o que vem do Senado, se é inclusão automática ou se, com prazo de seis meses, como era defendido na reforma de (Michel) Temer, para o governador validar", pondera Silvio. Ele grifa que estados e muncípios sinalizam para um déficit da ordem de R$ 350 bilhões. E completa que Pernambuco tem déficit estimado, para 2019, da ordem de mais de R$ 2,8 bilhões. Silvio aponta: "Não observamos o Governo do Estado dar uma palavra sobre isso". Então, ele cobra: "O governo poderia fazer esse debate de forma mais efetiva e clara". E enfatiza: "Espero que os governadores possam se sensibilizar e pedir para que, numa possível PEC que vai chegar para inclusão de estados e municípios, os deputados do Nordeste votem na inclusão". E, aí, detalha: "Outra possibilidade é entrar estados e municípios, mas os governadores terem que validar, em seis meses, na Assembleia Legislativa". O debate teria que ser aberto com servidores e 2020 é ano eleitoral