Política

Senador Armando Monteiro discorda de Lupi e reafirma projeto

O petebista é categórico sobre concorrer ao Governo do Estado. E diz que nunca tratou sobre possível desistência

Em 2014, dirigente defendeu composição com Armando Em 2014, dirigente defendeu composição com Armando  - Foto: Miguel Ângelo/industria-enai

A proposta feita pelo presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, referente à eleição majoritária de 2018 em Pernambuco, não encontrou respaldo do senador Armando Monteiro Neto (PTB). Em entrevista concedida à Folha de Pernambuco e publicada no sábado (5), o dirigente pedetista afirmou já ter aferido, em conversas com o petebista, que a prioridade dele seria disputar a reeleição e não o Governo do Estado. Na esteira, sugeriu que Armando poderia apoiar uma chapa encabeçada pelo ex-prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT).

Armando, que contou com o PDT na sua vice em 2014, se contrapôs à ideia de Lupi e foi categórico sobre sua disposição de concorrer a governador do Estado no próximo ano. Na avaliação do pedetista, Lupi faz "ilações" sobre as discussões em torno da disputa eleitoral.

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"Faz tempo que não converso com o Lupi. Ele fez uma especulação. É ele que diz. Ele é do meu partido? Sou candidato ao governo. Isso é uma ilação que ele fez", crava o senador, afastando qualquer movimento que venha de encontro ao projeto de disputar o Palácio do Campo das Princesas.

Segundo o senador, ele nunca tratou com Lupi sobre possível desistência de encabeçar uma chapa majoritária. "O PDT é da base do governo (Paulo Câmara), da base do PSB. Por aí, não caminhamos", argumenta.

Em 2014, quando Armando disputou o governo com o PDT na sua vice e o PT na vaga do Senado, Lupi chegou a fazer intervenção na costura local, contrariando o grupo dos Queiroz, que abriu dissidência para apoiar o PSB. A composição, encabeçada pelo PTB, terminou derrotada pelo, então, candidato a governador, Paulo Câmara (PSB). Ao defender, à Folha de Pernambuco, a candidatura do ex-prefeito de Caruaru, José Queiroz, ao governo, Lupi grifou o seguinte: "Se a gente serve para apoiar, serve para ser apoiado".

Para Armando, é legítimo tanto o PDT quanto o PT almejarem voo solo no Estado. Dos petistas, o senador esperava apoio com o aval do ex-presidente Lula, o que acabou, praticamente, descartado após a executiva estadual anunciar que vai lançar candidatura própria.

As declarações de Armando vêm no momento em que o petebista também estreita conversas com siglas como o DEM e o PSDB, que atuam em campo oposto ao dos antigos aliados, a exemplo do PDT e PT. Nos últimos meses, Armando tem percorrido o Estado mais intensamente e chegou a ter agenda com o grupo dos Coelho, em Petrolina, o que levanta dúvidas sobre o seu futuro político.

Presidente estadual do PDT, Wolney Queiroz afirmou que não existe nenhuma tratativa sobre 2018 com Armando. "Mas não podemos fazer política vetando ninguém, embora eu esteja percebendo que as votações de Armando no Senado têm se distanciado das teses do nosso partido". Wolney reiterou que a candidatura própria segue estratégia de viabilizar palanque para o pré-candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT).

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