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PEC

Só cinco deputados da bancada pernambucana votaram contra Reforma Tributária. Saiba como foi

Arthur Lira ligou para o ex-presidente Bolsonaro para explicar que a reforma aprovada era do Brasil e não de um governo.

Clarissa: entre os cinco que seguiram BolsonaroClarissa: entre os cinco que seguiram Bolsonaro - Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Seguindo as diretrizes do ex-presidente Jair Bolsonaro, os deputados pernambucanos com DNA bolsonarista, todos do Partido Liberal (PL), legenda atual do ex-mandário do Brasil, votaram contra as mudanças no sistema de tributação proposta pelo Governo Lula na Reforma Tributária.

Fiéis a ideologia de Bolsonaro, da bancada pernambucana na Câmara, votaram contra o texto da Reforma Tributária os deputados Clarissa Tércio, Fernando Rodolfo, Coronel Meira, André Ferreira e Pastor Eurico.

No lado oposto, os demais representantes da bancada pernambucana formaram maioria para votar a favor das mudanças sugeridas pelo Governo Lula. Foram eles: Augusto Coutinho (Republicanos), Carlos Veras (PT), Clodoaldo Magalhães (PV), Eduardo da Fonte (PP), Eriberto Medeiros (PSB), Felipe Carreras (PSB), Fernando Coelho (União Brasil), Fernando Monteiro (PP), Guilherme Uchôa (PSB), Iza Arruda (MDB), Lucas Ramos (PSB), Luciano Bivar (União Brasil), Lula da Fonte (PP), Maria Arraes (Solidariedade), Mendonça Filho (União Brasil), Pedro Campos (PSB), Renildo Calheiros (PCdoB), Silvio Costa Filho (Republicanos), Túlio Gadelha (Rede) e Waldemar Oliveira (Avante).

Nacionalmente, apesar da tentativa de Bolsonaro convencer os 99 representantes da sua legenda a votarem contra à Reforma, 20 votos para aprovação em segundo turno do texto da Reforma Tributária, na última quinta-feira (6), vieram de deputados do PL.

Desconsiderando os benefícios que a atualização das regras do complexo sistema tributário vai trazer para o desenvolvimento econômico, na prática, o objetivo de Bolsonaro era ao conseguir adesão da maioria do PL, impor a primeira grande derrota ao Governo Lula na Câmara.

Com a vitória em segundo turno na Câmara dos Deputados, embora o texto enviado pelo Governo ainda deva sofrer inúmeras modificações, o que Bolsonaro conseguiu, de fato, foi além de tumultuar o processo, criar atrito interno em seu partido, em especial, com seu antigo aliado, o prefeito de São Paulo, Tarcísio Freitas, que desde o início foi favorável às mudanças sugeridas na PEC.

Para tentar remediar esse mal-estar causado por Bolsonaro, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chegou a entrar em cena. Disse, ontem, que ligou para o ex-presidente Jair Bolsonaro para explicar que a reforma aprovada era do Brasil e não de um governo.

“Eu liguei para ele [Bolsonaro], sem fazer juízo de valor ou pedindo posicionamento, falei que essa reforma nasceu no governo dele, foi tocada dentro do Congresso Nacional, e que essa reforma era do Brasil. Falei a ele que o governador Tarcísio foi muito correto com o tratamento da PEC e que é um amigo que precisa, acima de tudo, ser preservado”, disse.

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